Com o objetivo de compreender a construção teórica da liderança e as transformações ocorridas no campo da Administração, este artigo utiliza a Teoria Crítica como suporte epistemológico para analisar conceitos e condições históricas das Teorias Tradicionais da Liderança. Especificamente, investigamos as teorias de liderança: abordagem do traço pessoal, abordagem do estilo, abordagem contingencial e a abordagem da nova liderança. Por meio de uma pesquisa qualitativa, utilizando o método hermenêutico-dialético, concluímos que as teorias de liderança naturalizaram interesses gerenciais sem considerar a natureza conflituosa das organizações. Esse processo de naturalização foi criticamente refletido neste artigo, questionando o conceito de liderança e suas implicações. Percebemos que as teorias que se configuram como Teorias Tradicionais desconsideram o contexto histórico e conflituoso da origem do fenômeno, produzindo racionalidades instrumentais, naturalizadas e a serviço do capital. A abordagem crítica proposta neste estudo é um ponto forte, oferecendo um parâmetro para pesquisas empíricas baseadas nos estudos críticos organizacionais.
Leia o artigo de Jussara Jéssica Pereira e outros em https://www.scielo.br/j/read/a/3C6NP9fXdXdGv8G8V3YqRfz/?format=pdf&lang=pt