intensidade tecnológica

Este artigo se propõe a analisar a desarticulação entre a oferta e a demanda por conhecimento nas regiões brasileiras, utilizando como proxy a oferta de mão de obra e a sua inserção nos setores produtivos de acordo com a classificação de intensidade tecnológica da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. São utilizados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o período de 2012 a 2019, e são estimados modelos logit multinomial para dados empilhados para o período com o objetivo de mensurar diferenças nas probabilidades de absorção dos trabalhadores ocupados em setores de baixa, média e alta intensidade tecnológica. Os resultados indicam que avanços no grau de qualificação formal reduzem a probabilidade de absorção em setores de baixa intensidade tecnológica, ao mesmo tempo em que aumentam as chances de inserção em setores de média e alta intensidades tecnológicas. As disparidades regionais evidenciam que a concepção de uma política que tenha como objetivo o fomento da inovação requer o desenho de instrumentos que estimulem de forma concreta o aumento da demanda por conhecimento.

Leia o artigo de Naira Teresa A. C. Gonçalves e outros em https://www.scielo.br/j/rec/a/RkSM4kPgLpKYK7JMXCGdM6M/?format=pdf&lang=pt

A literatura kaldoriana argumenta que o processo de desindustrialização reduz o potencial de crescimento econômico no longo prazo. Assim, identificar suas causas é de suma importância para a formulação de políticas eficazes. Este artigo investiga as causas de desindustrialização no Brasil em uma perspectiva setorial, com base no conceito de desindustrialização pela reprimarização da economia, cuja perda de participação dos setores industriais nas exportações é justificada, sobretudo, pelos preços das commodities e pela apreciação cambial. Para tanto, são estimados modelos Autorregressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL), com dados de 2002 a 2021. Visto que os efeitos das variáveis analisadas são discrepantes entre os setores, os resultados sinalizam que a desindustrialização no Brasil é heterogênea, tanto entre as categorias por intensidade tecnológica quanto entre os setores individuais. Todavia, os efeitos negativos de curto e longo prazos da valorização dos preços das commodities observado em diversos setores corroboram a hipótese de reprimarização da economia.

Leia o artigo de Regiane Lopes Rodrigues e Michele Veríssimo em https://www.scielo.br/j/ecos/a/FWtvzbK3WqnLRzStYr5ZgPk/?format=pdf&lang=pt