Gestão

Cada vez mais, as pesquisas sobre a gestão de organizações culturais se destacam, à medida que reconhecemos as contribuições simbólicas e materiais da economia criativa para o desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Contudo, carecemos de uma visão integrada e robusta dessa gestão, baseada numa caracterização clara do campo e de suas singularidades. O objetivo deste artigo é descrever a produção acadêmica sobre gestão de organizações culturais e demarcar um horizonte conceitual-teórico fecundo para estimular a pesquisa futura. A metodologia é baseada numa revisão sistemática de produções acadêmicas publicadas nas bases de dados nacionais e internacionais. Os resultados da pesquisa incluem a elaboração de três categorias integradoras da produção acadêmica: perspectivas sobre questões centrais na pesquisa sobre organizações culturais (técnico-operacional e política), as singularidades dessas organizações (hipersensibilidade, hipertensão e hiperincerteza) e o paradoxo como um eixo teórico-conceitual crucial para melhorar o conhecimento sobre as organizações culturais. Os resultados propõem uma agenda para pesquisas futuras com base no conceito de paradoxo.

Leia o artigo de Fabiana Pimentel Santos e Eduardo Davel em https://www.scielo.br/j/cebape/a/Hb9rjrYBcYJCC74z7Fj3bVg/?format=pdf&lang=pt

Este artigo se baseia em dois livros de Alberto Guerreiro Ramos, Administração e contexto brasileiro e A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações, e tem por objetivo apresentar os principais aspectos das teorias organizacionais analisados pelo autor, que os denomina “pontos cegos”. São quatro os pontos cruciais que as teorias organizacionais não suprem e, ao se desenvolverem, absorveram conceitos que foram transformados: a) a noção de racionalidade, que domina não só os Estudos Organizacionais, como também a economia, a ciência política e as ciências sociais, a b) não distinção entre significado substantivo e significado formal de organização, c) as teorias organizacionais não têm clara compreensão do papel das interações simbólicas, e, por último, d) as teorias organizacionais se apoiam somente em uma visão mecanomórfica do homem. Os pontos, que são aprofundados ao longo das duas obras, aparecem enumerados em um capítulo específico de A nova ciência das organizações. A impressão é de que o próprio Guerreiro Ramos tenha sentido essa necessidade, como uma breve recapitulação, antes de propor seu modelo multidimensional de sociedade (que não é abordado neste artigo). Isso se dá pela amplitude e profundidade da obra de Guerreiro Ramos. Exemplo disso são as possíveis agendas para seu estudo já elaboradas por diversos outros autores. Conclui-se que o pensamento de Guerreiro Ramos se mantém atual, suas críticas e preocupações são pertinentes e mostram-se fundamentais para os que pretendem desenvolver estudos críticos na área de organizações, em seu ensino e no desenvolvimento de outras possibilidades de gestão.

Leia o artigo de Susana Iglesias Webering em https://www.scielo.br/j/cebape/a/HygRH34x8GvLhTYSjHQmgSf/?format=pdf&lang=pt

Este artigo pretende analisar experiências de empreendedorismo sustentável na comunidade rural José Gomes, Nordeste do Brasil, e promover uma reflexão sobre a relevância das políticas de desenvolvimento local na construção de projetos coletivos regionais. Este estudo caracteriza-se como exploratório e descritivo na abordagem qualitativa. Para tanto, foram utilizados técnicas rapport, entrevistas semiestruturadas, observação direta e diário de campo, além de pesquisas bibliográficas. A pesquisa abordou as políticas de desenvolvimento local como mecanismos de avanço e melhoria na qualidade de vida, na organização econômica e na conservação do meio ambiente, que devem ser incorporadas ao planejamento municipal e às ações do poder público. Os resultados apontaram potencialidades socioprodutivas e limitações estruturais e infraestruturais que esgotam as possibilidades de difusão do empreendedorismo sustentável e a consolidação do desenvolvimento local.

Leia o artigo de Márcio Luciano Pereira Batista e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/4BnGtngpMRYkvFpyW5kytwv/?format=pdf&lang=pt

Se antes era uma unanimidade que a máquina pública brasileira estava inchada, hoje especialistas defendem que a agenda a atacar é a da eficiência, modernização e gestão. Os gastos e o quantitativo do funcionalismo não são maiores do que a média internacional, mas escondem distorções e, na ponta, quem sofre é o cidadão.

Leia o artigo de Cássia Almeida e outros em https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2023/08/23/estado-eficiente-as-causas-e-possiveis-solucoes-para-o-mau-servico-publico-no-pais.ghtml

O município de São Paulo vem investindo na implantação de áreas verdes para melhoria da qualidade de vida da população. Neste sentido, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município de São Paulo vem ampliando a cobertura vegetal por meio de um programa de arborização e da criação de novos parques urbanos. Entretanto, não há uma avaliação quantitativa dos benefícios ambientais providos por esta iniciativa. Este trabalho utiliza a contabilidade ambiental em emergia para avaliar 73 parques da cidade de São Paulo. Para todo o conjunto dos parques, foram calculados os indicadores e os custos em emergia a fim de avaliar quais parques aproveitam mais os recursos da natureza, quais demandam maiores investimentos da prefeitura e quais fornecem maior quantidade de serviços ambientais para a cidade. A razão entre os recursos da natureza e os recursos provenientes da economia (I/F) foi estabelecida como um importante indicador para a gestão dos parques urbanos existentes e a relação I/F x Em$/m2 é proposta como indicador para tomada de decisão, permitindo determinar a melhor configuração de cada parque e priorizar as ações para novos projetos e para a manutenção dos antigos. Leia o artigo de Mirtes Vitoria Mariano e outros em https://www.scielo.br/j/gp/a/p9zf679tzL9M4n9tKkLfPZj/?format=pdf&lang=pt

Cada vez mais, as pesquisas sobre a gestão de organizações culturais se destacam, à medida que reconhecemos as contribuições simbólicas e materiais da economia criativa para o desenvolvimento das sociedades contemporâneas. (mais…)

No mundo das organizações e das sociedades contemporâneas, assistimos, há várias décadas, a um retorno das questões morais. (mais…)

O presente artigo foi motivado por uma lacuna no campo das publicações baseadas na abordagem da Grounded Theory (GT), uma vez que pouco se avançou nas discussões referentes à aplicação da Análise Situacional (AS), proposta por Adele Clarke (2003, 2005) e Adele Clarke e outros (2018) nos estudos de gestão. (mais…)

Este artigo realiza revisão de literatura sobre inovação social, com foco também na produção da América Latina, identificando como os conteúdos dialogam com a realidade de iniciativas na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. (mais…)

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