Estudos organizacionais

Este artigo se baseia em dois livros de Alberto Guerreiro Ramos, Administração e contexto brasileiro e A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações, e tem por objetivo apresentar os principais aspectos das teorias organizacionais analisados pelo autor, que os denomina “pontos cegos”. São quatro os pontos cruciais que as teorias organizacionais não suprem e, ao se desenvolverem, absorveram conceitos que foram transformados: a) a noção de racionalidade, que domina não só os Estudos Organizacionais, como também a economia, a ciência política e as ciências sociais, a b) não distinção entre significado substantivo e significado formal de organização, c) as teorias organizacionais não têm clara compreensão do papel das interações simbólicas, e, por último, d) as teorias organizacionais se apoiam somente em uma visão mecanomórfica do homem. Os pontos, que são aprofundados ao longo das duas obras, aparecem enumerados em um capítulo específico de A nova ciência das organizações. A impressão é de que o próprio Guerreiro Ramos tenha sentido essa necessidade, como uma breve recapitulação, antes de propor seu modelo multidimensional de sociedade (que não é abordado neste artigo). Isso se dá pela amplitude e profundidade da obra de Guerreiro Ramos. Exemplo disso são as possíveis agendas para seu estudo já elaboradas por diversos outros autores. Conclui-se que o pensamento de Guerreiro Ramos se mantém atual, suas críticas e preocupações são pertinentes e mostram-se fundamentais para os que pretendem desenvolver estudos críticos na área de organizações, em seu ensino e no desenvolvimento de outras possibilidades de gestão.

Leia o artigo de Susana Iglesias Webering em https://www.scielo.br/j/cebape/a/HygRH34x8GvLhTYSjHQmgSf/?format=pdf&lang=pt

Este artículo tiene como objetivo realizar un ejercicio de retrospección autocrítica sobre los Estudios Organizacionales enmarcados en el contexto latinoamericano. Su desarrollo e incidencia en la región ha crecido y se ha consolidado -aunque no en todos los países al mismo nivel y profundidad- como un campo de conocimiento crítico para el estudio de las organizaciones. No obstante, hay algunos asuntos aún sin resolver sobre los cuales es necesario debatir. Es así como se retoma la expresión de Wittgenstein para formular algunas preguntas fundamentales, en relación con su identidad y proyección, en busca de una ‘fricción’ que permita seguir por ese camino de crecimiento. Aunado a lo anterior, se discuten algunos aspectos constitutivos de los Estudios Organizacionales. Las reflexiones permitirán, no solo ahondar en este campo de conocimiento sino, también, contribuir con los investigadores y estudiosos de las organizaciones en la región a construir una posición propia sobre el asunto.

Leia o artigo de Diego René Gonzales-Miranda em https://www.scielo.br/j/rae/a/YhsH66sJz3ym8rRtQyWrTbb/?format=pdf&lang=es

Estudos acerca do campo organizacional da segurança pública tiveram início, no Brasil, nas Ciências Sociais, ainda nos anos 1980. O papel central das organizações policiais na sociedade contemporâneas e os estudos acerca das suas reformas têm necessitado de interações epistemológicas mais profícuas. Nesse sentido, entendemos que os Estudos Organizacionais podem contribuir para esse debate, especialmente no que tange a quatro categorias fundamentais: tecnologia, uso da força, cultura e comportamento e grupos minoritários. Entendemos que, de um lado, a abordagem predominante nas Ciências Sociais segue uma visão das polícias como mero aparelho de repressão e violência estatal, enquanto, de outro lado, a produção interna das polícias segue uma abordagem totalmente instrumental e pouco reflexiva. Defendemos que os Estudos Organizacionais podem alinhar-se às abordagens reformistas e profissionalizantes da polícia em Ciências Sociais, oferecendo um caminho mais reflexivo para a produção de conhecimento interno das polícias, contribuindo, assim, para o aprimoramento das polícias brasileiras.

Leia o artigo de Rafael Alcadipani e outros em https://periodicos.fgv.br/cgpc/article/view/88374/84613

O artigo apresenta uma modalidade de análise organizacional de cunho crítico, que vem sendo construída no Brasil desde 2010 e é fundamentada nos pragmatismos filosófico e sociológico. (mais…)

Norbert Elias se inscreve numa perspectiva crítica à teoria sociológica predominante de seu tempo, notadamente o estrutural-funcionalismo. (mais…)

Norbert Elias se inscreve numa perspectiva crítica à teoria sociológica predominante de seu tempo, notadamente o estrutural-funcionalismo. (mais…)

A criatividade é precursora de inovação nas organizações, economias e sociedades contemporâneas. Entretanto, é necessário o conhecimento integrado e atualizado sobre a produção acadêmica, devido à dispersão de enfoques existentes e ao desengajamento com a epistemologia da prática. O objetivo desta pesquisa consiste em mapear e integrar a produção acadêmica sobre criatividade organizacional, propondo sua renovação conceitual com base na epistemologia da prática. O método é baseado em levantamento e análise da produção acadêmica nacional e internacional sobre criatividade organizacional e epistemologia da prática. Os resultados consistem em um conjunto de categorias de concepções da criatividade que permite integrar as pesquisas em Administração e uma proposta estruturada de renovação conceitual a partir da epistemologia da prática. Os resultados contribuem para o avanço da pesquisa em criatividade com a elaboração de um conjunto integrado de concepções sobre a criatividade organizacional e a articulação da criatividade com a perspectiva da prática, ampliando a compreensão do conceito e propondo um caminho conceitual-teórico para renovar e alimentar pesquisas futuras.

Leia o artigo de Pérola Cavalcante Dourado e Eduardo Paes Barreto Davel em https://www.scielo.br/j/rae/a/hWdYnnY5pXsS3FCYMkgCF4h/?format=pdf&lang=pt

Este artigo tem por objetivo analisar o efeito inclusivo e democrático da lei municipal de incentivo à cultura em Cataguases (MG), considerando fundamentalmente a promoção de cidadania e preservação identitária através da produção cultural. (mais…)

O objetivo deste artigo é realizar um exercício de retrospecção autocrítica sobre o que são os Estudos Organizacionais (EO) no contexto latino-americano. Seu desenvolvimento e incidência na região vem crescendo e se consolidou -embora não em todos os países no mesmo nível e profundidade- como um campo de conhecimento crítico para o estudo das organizações. (mais…)

Este artigo se baseia em dois livros de Alberto Guerreiro Ramos, “Administração e contexto brasileiro” e “A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações”, e tem por objetivo apresentar os principais aspectos das teorias organizacionais analisados pelo autor, que os denomina “pontos cegos”. (mais…)