elites

A partir de diálogo com ampla literatura sobre industrialização em países tardios, o artigo testa a hipótese geral de que a presença de uma elite disposta a perseguir o objetivo da industrialização e capaz de forjar coalizões políticas que a sustentem é condição necessária para a promoção do desenvolvimento industrial em países tardios. Há duas hipóteses correlatas: a) a presença daquela elite está intimamente vinculada à construção de instituições eficientes para a promoção da industrialização, b) o tipo de Estado criado depende do tipo de elite em questão e a combinação entre tipo de elite e tipo de Estado gera rotas distintas de transição para sociedades industrializadas. Ao fim, as hipóteses são testadas mediante uma análise fuzzyset com treze casos: três negativos (Zaire, Nigéria e Filipinas), cinco intermediários (Índia, Chile, Argentina, México e Brasil) e cinco positivos (Suécia, Noruega, Coreia, Taiwan e Japão). Os resultados confirmam as hipóteses de pesquisa.

Leia o artigo de Renato Perissinotto e Wellington Nunes em https://www.scielo.br/j/dados/a/PJ3Jqq7VXVTnJHYBwDxjCDd/?format=pdf&lang=pt

O artigo busca compreender as atualizações dos valores e premissas da ação de elites econômicas engajadas com o que é enunciado como mudança social no Brasil a partir da análise da atuação transnacional e das iniciativas de “abertura social” da Fundação Lemann. Por meio de uma perspectiva compreensiva e posicional, a pesquisa documental (2002-2023) demonstra como valores historicamente característicos de frações dominantes, como o mérito e o individualismo, têm dado lugar a composições com valores como diversidade e responsabilidade, fenômeno que se declina globalmente. O estudo do lastro simbólico das posições de elite permite compreender a denegação social envolvida na produção da convicção de elite e das formas atuais de sua sociodiceia.

Leia o artigo de Miqueli Michetti em https://www.scielo.br/j/ts/a/BshkyBQFKSVkF8HMFy9YwgC/?format=pdf&lang=pt

A tese que a democracia está morrendo aos poucos aplica-se a países como a Hungria, a Polônia e a Turquia; não aos países ricos cuja democracia está consolidada por razões estruturais e pelos interesses envolvidos. (mais…)