economia criativa

As pesquisas relacionadas à economia criativa vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos, principalmente pelo aumento de sua representatividade na economia global. Acredita-se que as organizações da economia criativa possuem características organizacionais diversas dos setores econômicos tradicionais, em que a criatividade é relevante no processo de inovação. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a inovação em organizações da economia criativa. A literatura brasileira sobre inovação em negócios criativos ainda é incipiente, assim, espera-se contribuir para os estudos de administração. Foram constatadas algumas características diversas dos segmentos tradicionais da economia, tanto no tipo de inovação quanto na forma como a inovação é gerenciada. Entretanto, é questionável se a flexibilidade que tanto auxilia no fluxo de ideias e informações seria uma realidade em empresas de maior porte.

Leia o artigo de Mariana Bianchini Galuk e outros em https://www.scielo.br/j/ram/a/3TfcM3p38wCdQGqcxZhn8DJ/?format=pdf&lang=en

Este artigo objetiva refletir sobre a concepção de trabalho no campo da Economia Criativa, bem como sobre a contribuição de tal conceito para o entendimento da cultura em organizações no contexto contemporâneo. Refere-se a uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfico e documental. O marco teórico tem como base as noções de trabalho, com ênfase no trabalho imaterial (Lazzarato & Negri, 2001, Schwartz & Durrive, 2015), rizoma (Deleuze & Guattari, 2000) e poder simbólico (Bourdieu, 2002) para refletir o contexto da Economia Criativa (Florida, 2011, Howkins, 2013). Como resultado principal desta reflexão teórica inicial, compreende-se que as interações pretendidas para e por trabalhadores da Economia Criativa transitam entre uma perspectiva rizomática e libertária e outra estrutural e baseada nos valores compartilhados. Nesse caso, as organizações assumem uma configuração diferenciada mediante a cultura expressa por normas e disputas simbólicas, incorporadas por cada grupo na condução de seus projetos.

Leia o artigo de Gislene Feiten Haubrich e outros em https://www.scielo.br/j/osoc/a/sBjrfDSxgkxLcsqdHhQB7NQ/?format=pdf&lang=en

O objetivo do artigo é explicar por que cidades criativas buscam desenvolver a paradiplomacia em seus processos de internacionalização. O argumento central indica que o desenvolvimento da paradiplomacia na internacionalização de cidades criativas está relacionado a quatro fatores principais: (1) a busca de cooperação técnica no exterior para o desenvolvimento de capacidades para negócios criativos e o empreendedorismo cultural, (2) a construção de parcerias em programas de requalificação de espaços urbanos, (3) a divulgação das qualidades locais para a atração de investidores em coproduções e empreendimentos conjuntos e (4) a influência em instituições internacionais para facilitar o acesso ao mercado global de atividades culturais. Argumenta-se que, quanto mais segmentadas forem as partes da cidade criativa, mais capacitadas forem as burocracias subnacionais para a atividade paradiplomática, mais harmônicas forem as relações entre governos central e municipal, mais autonomia for delegada às prefeituras e mais interdependente for a cidade criativa no nível externo, mais assertiva será a sua atividade paradiplomática para buscar corrigir assimetrias domesticamente e projetar a cidade internacionalmente. Utiliza-se a metodologia de comparação focada e estruturada de estudos de caso, aplicada à investigação de três cidades criativas que realizaram atividades paradiplomáticas em suas iniciativas de internacionalização: Barcelona, Toronto e Rio de Janeiro.

Leia o artigo de Diego Santos Vieira de Jesus em https://www.scielo.br/j/rsocp/a/Fy9fCccP6L6JnnWmMTFcShS/?format=pdf&lang=pt

O presente artigo debate como a economia criativa, fenômeno econômico do final do século XX, que utiliza as forças da cultura atrelada a tecnologia e inovação, está reconfigurando os espaços das cidades. Para analisar tais desdobramentos nos territórios urbanos, este estudo traçará um paralelo histórico do contexto global ao nacional, analisando como tais ações ocorrem, configurando a dinâmica global dos “territórios criativos”. Nesse sentido, o cenário brasileiro da economia criativa também é problematizado, tanto do ponto de vista institucional como do territorial. Por fim, o artigo busca compreender e refletir qual é a importância da economia criativa dentro das discussões atuais sobre o desenvolvimento dos territórios urbanos, em particular metropolitanos, e entender as perspectivas e os conflitos que ela determina nessas localidades. Leia o artigo de Caio Cesar Marinho Rodrigues de Souza e Gerardo Silva em https://www.scielo.br/j/cm/a/3ptx6myJKjjJJD5kmVzwjCP/?format=pdf&lang=pt

No contexto de uma economia baseada no conhecimento, as iniciativas baseadas no conceito de Economia Criativa podem promover um processo de diversificação econômica regional dos países em desenvolvimento. No Brasil, políticas públicas focalizadas nessas atividades tem sido implementadas com o objetivo de reduzir desigualdades socioeconômicas e regionais, estimulando a disseminação dessas atividades em todo o território, especialmente na direção das regiões menos favorecidas. O artigo procura discutir se essa expansão tem induzido uma redução efetiva dos desequilíbrios regionais em termos da quantidade e qualidade dos postos de trabalho criados e do nível de remuneração gerada por essas atividades. A análise sugere que a descentralização regional das atividades criativas na direção de regiões menos desenvolvidas é relativamente limitada no Brasil, com as regiões mais desenvolvidas permanecendo especializadas em áreas com maior conteúdo digital e tecnológico, enquanto as regiões menos desenvolvidas se apresentam relativamente mais especializadas em áreas relacionadas com o patrimônio cultural. Para reduzir este desequilíbrio, o apoio de instituições locais e da infraestrutura de C&T relacionadas com atividades criativas é particularmente importante, integrando o impacto das novas tecnologias de base digital com o reforço do potencial econômico do patrimônio cultural local e regional, através da melhoria da qualificação profissional dos trabalhadores nessas atividades.

Leia o artigo de Jorge Nogueira de Paiva Britto em https://www.scielo.br/j/rec/a/3FyMPDJsxQ9DLsxhZvjnBKM/?format=pdf&lang=en

O design e a implementação de políticas públicas para promover a economia criativa como uma nova base de desenvolvimento sustentável não têm mostrado resultados semelhantes em diferentes sociedades. Este artigo tem como objetivo avaliar a força e a capacidade de um sistema de governança multinível brasileiro formado por instituições e atores nos níveis federal, estadual e local para conceber e implementar políticas públicas para promover a economia criativa como uma alternativa para desenvolvimento. A análise é orientada pelo conceito de governança multinível, considerando as relações horizontais e as verticais para abordar os problemas de interesse público relacionados à institucionalização da economia criativa. O modelo Múltiplos Fluxos foi necessário para o mapeamento de processos para a formulação de políticas públicas. Os resultados indicam as dificuldades par formar um sistema de governança multinível com capacidade suficiente para projetar e implementar políticas públicas do campo cultural para promover a economia criativa no nível federal, no estado do Paraná e na cidade de Curitiba.

Leia o artigo de Mario Procopiuck e Schirlei Mari Freder em https://www.scielo.br/j/neco/a/zcCDKq8dx8yWdPCpCxSY4XB/?format=pdf&lang=en

O artigo apresenta uma análise da Economia Criativa no Brasil, mostrando seu potencial de desenvolvimento para a geração de renda e emprego, visando à retomada do desenvolvimento no país. São apresentados inicialmente conceitos e características da Economia Criativa para em sequência analisar o perfil e as potencialidades de desenvolvimento desta indústria no Brasil. A parte empírica introduz aspectos metodológicos, prosseguindo com a análise da contribuição da cadeia criativa à geração de Valor Adicionado e de Trabalho do país, e uma visão do seu potencial no Comércio Exterior. Finalmente, são investigados os desafios para a implementação de políticas públicas específicas.

Leia o artigo de Anita Kon em https://www.scielo.br/j/rep/a/Jp8wLf4nt9CvP7tdSYJ8Sqd/?format=pdf&lang=en

Um dos maiores desafios do novo MinC, portanto, será criar condições de desenvolvimento para as atividades culturais e criativas que estão entre as que mais vêm contribuindo para o crescimento sustentável e democrático em muitas economias em desenvolvimento.

Leia o artigo de Henilton Menezes em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/a-economia-criativa-e-o-papel-do-ministerio-da-cultura-no-desenvolvimento-economico/

A ideia de economia criativa tem sido adotada por diversos governos e organizações internacionais como diretriz de políticas públicas para os setores de Comunicação e cultura. Implícita em seu conceito está uma perspectiva que rearticula a relação entre cultura, economia e sociedade. No Brasil, o Ministério da Cultura (MinC) criou a Secretaria da Economia Criativa com objetivo de implementar políticas culturais que fomentem a economia criativa no país. Neste artigo, analisa-se o projeto do MinC para economia criativa. Realizando uma Análise do Discurso apresentado no Plano da Secretaria da Economia Criativa 2011-2014, o objetivo do artigo é destacar e entender as transformações que se operam no uso do termo “cultura” pelo governo brasileiro e avaliar suas consequências para o campo da cultura. A adoção do termo “criatividade” para políticas culturais implica uma nova abordagem do Estado brasileiro ao campo da cultura, o que demanda uma profunda mudança na dinâmica e estrutura do MinC.

Leia o artigo de Leonardo De Marchi em https://www.scielo.br/j/interc/a/6KpyxCsZjRDtFM39FDP3L9P/?format=pdf&lang=pt

Fruto de uma nova compreensão das relações entre os campos da cultura e da economia no início do século XXI, as atividades da economia criativa têm sido destacadas como alternativas para o crescimento e o desenvolvimento econômico de países em todo o mundo. Simultaneamente, uma série de estudos acadêmicos tem se dedicado ao assunto, ampliando perspectivas e reflexões sobre o campo. Devido à crescente projeção internacional do tema, em grande parte devido à atuação de organismos internacionais como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), torna-se relevante a apresentação e a sistematização de uma visão abrangente sobre a área, com o objetivo de introduzi-la a um público mais amplo e envolvido neste mercado, incluindo representantes do poder público e da sociedade civil. Por esse motivo, este artigo apresenta uma revisão da literatura sobre o campo da economia criativa, seguindo uma abordagem cronológica, e uma linha do tempo dos principais acontecimentos e estudos da área, tanto em nível internacional quanto brasileiro.

Leia o artigo de Jefferson Yuji Watanabe e outros em https://dialogo.emnuvens.com.br/revistadcec-rj/article/view/487/428