distorções

No ano passado, 93% dos juízes brasileiros ganharam mais por mês do que os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – de R$ 39,3 mil até março de 2023 e depois reajustado para R$ 41,7 mil, valor que pela Constituição deveria ser o teto do funcionalismo. Até 2026, os fiscais da Receita Federal devem ganhar mais de R$ 11 mil por mês para além de seus salários na forma de um “bônus de eficiência”, cujo pagamento independe do desempenho individual de cada auditor fiscal. Com isso, a categoria poderá receber a partir daquele ano vencimentos de mais de R$ 40 mil, somando salário e bônus. Os titulares de cartórios são a categoria profissional com renda mais alta do país – uma média de R$ 142 mil por mês, segundo dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2022. Como essas e outras categorias da elite do serviço público conquistaram essas remunerações exorbitantes que, em última instância, são financiadas pelo bolso de todos nós – seja através do pagamento de impostos ou do pagamento pela prestação de serviços, no caso dos cartórios? É o que responde o mestre em economia e doutor em direito Bruno Carazza, em seu novo livro O país dos privilégios – Volume 1: Os novos e velhos donos do poder, lançado pela Companhia das Letras.

Leia o artigo de Thais Carrança em https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0vvexxrxxeo

Se antes era uma unanimidade que a máquina pública brasileira estava inchada, hoje especialistas defendem que a agenda a atacar é a da eficiência, modernização e gestão. Os gastos e o quantitativo do funcionalismo não são maiores do que a média internacional, mas escondem distorções e, na ponta, quem sofre é o cidadão.

Leia o artigo de Cássia Almeida e outros em https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2023/08/23/estado-eficiente-as-causas-e-possiveis-solucoes-para-o-mau-servico-publico-no-pais.ghtml