desindustrialização

O presente artigo discute o fenômeno da desindustrialização nas principais regiões metropolitanas no Brasil nas duas primeiras décadas do século XXI. Os objetivos são apresentar a análise da estrutura produtiva da indústria de transformação das metrópoles brasileiras vis-à-vis sua inserção nacional, identificar os ramos de atividade mais determinantes para o processo de desindustrialização metropolitano do país e caracterizar as regiões metropolitanas em que esse fenômeno se apresenta com mais frequência. Foram utilizados dados públicos e uma tabulação solicitada ao IBGE sobre o valor da transformação industrial das regiões metropolitanas referente a vários anos. Constatou-se que a desindustrialização brasileira é fundamentalmente um fenômeno metropolitano, sobretudo quando se consideram os ramos de intensidade tecnológica mais elevada. Contudo, esse processo não aconteceu de modo homogêneo entre as metrópoles. Aquelas que mais contribuíram para a sua ocorrência foram São Paulo, Salvador e Curitiba, ao passo que as que mais contrabalancearam esse processo foram Rio de Janeiro e Recife.

Leia o artigo de Marcelo Gomes Ribeiro em https://www.scielo.br/j/rbeur/a/qQfnFW5FrddxRrP8MFsm53d/?format=pdf&lang=pt

O artigo assume a importância da indústria manufatureira para o crescimento no longo prazo e examina o processo de desindustrialização do Brasil desde a abertura econômica. A recuperação da indústria manufatureira é analisada à luz da proposta de reindustrialização da economia na atual emergência climática global. Em linha com a literatura ­novo-desenvolvimentista, a reindustrialização implica alargar o espaço de política para recuperar o investimento público e privado em ativos produtivos, proporcionando condições financeiras compatíveis com retornos a longo prazo. Assume um papel ativo na intervenção estatal. Nesse sentido, a política industrial da Nova Indústria Brasileira deve ancorar expectativas de longo prazo para potencializar o investimento produtivo comprometido com a transição verde. Esta abordagem posiciona a política industrial como a âncora para a construção de uma convenção de desenvolvimento sustentável.

Leia o artigo de Carmem Feijó e outros em https://www.scielo.br/j/rep/a/SKTVmhzSYyGYggFcWN5YVjb/?format=pdf&lang=en

O presente trabalho avalia a hipótese de que o desempenho da demanda doméstica contribuiu de forma decisiva para as transformações em curso na indústria brasileira ao longo dos últimos 20 anos. O objetivo é introduzir o papel da demanda doméstica, que tem sido praticamente ausente no debate industrial brasileiro – em geral, voltado à consideração dos “preços macroeconômicos” (como nas abordagens novo-desenvolvimentista e mainstream, embora de forma diferente) ou de aspectos microeconômicos (como na vertente neoschumpeteriana). Para tanto, avalia-se o desempenho da indústria de transformação nas duas primeiras décadas do século XXI, marcadas por diferentes contextos em termos de dinamismo macroeconômico. A análise fundamenta-se nos indicadores tradicionais de desindustrialização (participação do emprego e do valor adicionado da indústria de transformação no total) e na análise intrassetorial baseada nos critérios de eficiência schumpeteriana (que mede o potencial inovativo) e de eficiência keynesiana (que mede o potencial de crescimento da demanda).

Leia o artigo de Rodrigo Vergnhanini e Suzana Onoda em https://www.scielo.br/j/ecos/a/k7tVyS6XChDN6Y3pSwVpqJG/?format=pdf&lang=pt

A literatura kaldoriana argumenta que o processo de desindustrialização reduz o potencial de crescimento econômico no longo prazo. Assim, identificar suas causas é de suma importância para a formulação de políticas eficazes. Este artigo investiga as causas de desindustrialização no Brasil em uma perspectiva setorial, com base no conceito de desindustrialização pela reprimarização da economia, cuja perda de participação dos setores industriais nas exportações é justificada, sobretudo, pelos preços das commodities e pela apreciação cambial. Para tanto, são estimados modelos Autorregressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL), com dados de 2002 a 2021. Visto que os efeitos das variáveis analisadas são discrepantes entre os setores, os resultados sinalizam que a desindustrialização no Brasil é heterogênea, tanto entre as categorias por intensidade tecnológica quanto entre os setores individuais. Todavia, os efeitos negativos de curto e longo prazos da valorização dos preços das commodities observado em diversos setores corroboram a hipótese de reprimarização da economia.

Leia o artigo de Regiane Lopes Rodrigues e Michele Veríssimo em https://www.scielo.br/j/ecos/a/FWtvzbK3WqnLRzStYr5ZgPk/?format=pdf&lang=pt

Nos últimos anos, uma quantidade crescente de artigos científicos tratou da Economia Criativa (Creative Economy).

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