desigualdades

Este artigo destaca a importância de se repensar os vínculos entre trabalho e proteção social no atual contexto de intensas transformações produtivas e de liberalização das economias políticas. Além de discutir os efeitos adversos gerados pelas mudanças tecnológicas nas relações de trabalho, com o consequente crescimento global do fenômeno da polarização do emprego e da renda, o objetivo deste artigo é apontar os limites e possibilidades das atuais alternativas de proteção social que buscam responder a esse fenômeno. Em diálogo com a literatura sobre o futuro do trabalho e do Estado de Bem-Estar numa era de incertezas e diversificação dos riscos sociais, conclui-se que uma alternativa realista de política social para a era da economia digital seria proteger as transições ocupacionais dos indivíduos, combinando políticas de educação, renda e emprego, com destaque para as políticas ativas de treinamento vocacional, com as tradicionais medidas contributivas.

Leia o artigo de Arnaldo Provasi Lanzara em https://www.scielo.br/j/ccrh/a/KCXVVQJqgJRLYj8LNZhMRSh/?format=pdf&lang=pt

O artigo busca contribuir para as discussões vinculadas às interferências da forma de governo denominada autoritarismo, considerando a intenção, formulação, condução e execução das políticas públicas. Também desenvolve uma análise crítica sobre o tema, tendo em vista a constatação de que regimes autoritários contemporâneos têm demarcado uma diretriz ideológica capaz de distorcer os propósitos contidos na concepção de uma política pública, além de tentarem inibir o livre pensar, mecanismo participativo dos coletivos sociais, reduzindo a liberdade e a igualdade, tidos como elementos fundantes do sistema democrático. A análise apontou que governos autoritários tendem a tomar decisões pautadas em postulados ideológicos, realçando e valorizando fatores como a violência, a coerção, a intimidação e a desigualdade, quase sempre renegando os anseios societários.

Leia o artigo de Jairo de Carvalho Guimarães em https://www.scielo.br/j/inter/a/CzkWdwDjTN8TYxZdLF9HTCx/?format=pdf&lang=pt

O artigo investiga a distribuição do bem-estar subjetivo (BES) nas favelas brasileiras, destacada como uma entre tantas dimensões das desigualdades de condições sociais e modalidades de estratificação persistentes no contexto brasileiro. Para tanto, foram utilizados dados de um survey domiciliar recente, aplicado a uma amostra representativa da população adulta residente no Conjunto de 16 favelas da Maré, região do subúrbio do município do Rio de Janeiro. O bem-estar subjetivo foi captado com perguntas sobre a satisfação das pessoas em relação a diferentes domínios da vida cotidiana, coletadas segundo um protocolo chamado Mansa (Manchester short assessment of quality of life). Foram descritos padrões de desigualdade e diferenças nos níveis de bem-estar subjetivo segundo características da população da Maré. Gênero e renda, condições de saúde, relações afetivas, exposição à violência armada e medo da violência foram alguns dos fatores relevantes associados a tais padrões.

Leia o artigo de Eduardo Ribeiro e Doriam Borges em https://www.scielo.br/j/civitas/a/SLW3c54pKtMGJJFK7WLsTXG/?format=pdf&lang=pt

O artigo trata da relação entre origem social e resultados educacionais. O objetivo é verificar se a crescente escolarização da população brasileira foi capaz de enfraquecer a relação entre origem de classe e escolaridade alcançada. Utilizamos medidas relativas de escolaridade, que refletem a distribuição da educação entre a população e/ou seu valor no mercado de trabalho. A análise empírica se guia pela comparação dos resultados de modelos estatísticos que utilizam medidas absolutas e relativas de escolaridade. Tais modelos são aplicados a dados coletados em 1982, 1996 e 2014, para indivíduos com idade entre 28 e 41 anos, conformando assim três coortes distintas. Os dados são oriundos das Pnads – IBGE, e são analisados por meio de modelos lineares (OLS) e não lineares (logit-ordinais). Os resultados corroboram a hipótese de que, ao adotar medidas relativas de educação, chegamos a estimativas menos otimistas acerca da capacidade da expansão educacional reduzir o efeito da origem de classe sobre a escolaridade alcançada.

Leia o artigo de André Ricardo Salata em https://www.scielo.br/j/civitas/a/8wZBBRs43pSWHrmpDP8Pkgk/?format=pdf&lang=pt

O aprofundamento democrático, a universalização do sufrágio e a extensão do direito à participação, embora sejam conquistas históricas extremamente valiosas, não fizeram desaparecer injustiças como o racismo, misoginia e outras formas degradantes de tratamento que caracterizam não apenas as oligarquias e as ditaduras persistentes no mundo, mas também a maioria das democracias atuais. (mais…)

O presente artigo examinou o impacto dos atuais programas de transferência e impostos sobre renda e patrimônio para os diferentes estratos da distribuição de renda no Brasil e simulou o efeito sobre a desigualdade das propostas elaboradas pela equipe do governo e de outras propostas de renda mínima financiadas pelo aumento na tributação sobre as rendas mais altas do Brasil. (mais…)

Neste artigo destaco o potencial de um uso particular do conceito da interseccionalidade. (mais…)

O texto avalia a contribuição da pesquisa Categorizando usuários “fáceis” e “difíceis”, de Gabriela Spanghero Lotta e Roberto Rocha Coelho Pires, aos estudos sobre políticas públicas e suas interfaces com as desigualdades. (mais…)

Este artigo aborda como as práticas cotidianas de agentes envolvidos em processos de implementação de políticas públicas se entrelaçam com a produção da diferenciação social dos públicos atendidos. (mais…)

A desigualdade educacional no Brasil se agravou na pandemia e, graças a uma pesquisa de opinião encomendada pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) ao Instituto Vox Populi, esse efeito conseguiu ser mensurado entre os alunos do ensino médio.

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