desenvolvimento econômico

O objetivo deste artigo é verificar se existe alguma relação entre as cidades criativas medida pelo Índice de Criatividade (3Vs) com o seu nível de desenvolvimento econômico que é representado pela renda média. Para isso, constrói-se um modelo teórico com as dimensões do Índice de Criatividade que dá origem a um diagrama de caminhos testado por meio do Modelo de Equações Estruturais. Examina-se a hipótese de cada dimensão individualmente afetar positivamente o desenvolvimento econômico e de o conjunto das três dimensões produzirem impactos destacadamente positivos ao desenvolvimento econômico. O resultado aponta que cada dimensão impacta positivamente o nível de renda média, porém, não é possível dizer o mesmo com relação a ação do conjunto das dimensões no desenvolvimento econômico.

Leia o artigo de Natália Branco Stein e Osmar Tomaz de Souza em https://www.anpec.org.br/sul/2024/submissao/files_I/i2-2322d9840adf109a6c31787dcdf87425.pdf

Neste artigo, exploramos as recentes tentativas de integrar as Cadeias Globais de Valor (CGV) e os Sistemas Nacionais de Inovação (SNI) a um nível teórico, e até que ponto isso poderia não ser alcançado de forma coerente. Estas recentes tentativas desconsideram a tensão entre as fronteiras organizacionais das empresas multinacionais (EMN) e o espaço nacional – como lugar de aprendizagem e de geração de tecnologias – de duas maneiras. Primeiro, a perspectiva das CGV assimila a atualização microeconômica ao aprendizado e à inovação, o que pode não ser suficiente para explicar os processos de aprendizado sistêmico e a competitividade estrutural. Segundo, a abordagem das GVC assimila a produção à circulação de capital, o que é consistente com a lógica que domina a expansão das EMNs durante a financeirização, mais orientada à apropriação do que à implantação internacional da tecnologia. Recorremos à análise de decomposição de Marx do processo de produção e circulação para identificar diferentes processos de internacionalização: internacionalização comercial, internacionalização produtiva e internacionalização financeira. Esta análise fornece alguns elementos para compreender os limites de ambas as abordagens e as tentativas de integração para lidar com o processo real de internacionalização da produção.

Leia o artigo de Pablo José Lavarello e outros em https://www.scielo.br/j/rec/a/zD69qx4GcNB8B9fzXqqjPqn/?format=pdf&lang=en

O artigo procura, em primeiro lugar, demonstrar como o conceito de desenvolvimento foi usado de diversas formas ao longo da história. Os autores clássicos do desenvolvimento compreendiam o fenômeno como um processo complexo, que envolvia mudanças estruturais, transformações econômicas setoriais, projetos políticos de mudança social, atuação e planejamento por parte de diversos atores econômicos e políticos. Suas ideias influenciaram processos sofisticados de transformação social ocorridos especialmente durante a “era de ouro” do capitalismo. Da década de 1980 em diante, têm ganhado força teorias reducionistas sobre o desenvolvimento, as quais procuram explicá-lo como resultado, por exemplo, da especialização produtiva, da ação empreendedora ou de arranjos econômicos locais. O artigo também tem por objetivo estabelecer parâmetros metodológicos, tanto para a rejeição de abordagens reducionistas sobre o desenvolvimento quanto para a defesa de teorias abrangentes, que o compreendem como um fenômeno social complexo que ocorre em múltiplas escalas espaço-temporais.

Leia o artigo de Marcelo S. Bandeira de Mello Filho em https://www.scielo.br/j/osoc/a/NwbZL5MjSPVwrMdKyP4YKyS/?format=pdf&lang=pt

O objetivo deste artigo é o de interpretar as mais conhecidas teorias do desenvolvimento econômico a partir da premissa de que se trata de narrativas míticas contemporâneas e, consequentemente, o neodesenvolvimentismo como uma mistura não necessariamente original dessas estórias. Faz-se uso da interpretação semiótica realizada por Roland Barthes acerca da estrutura e dos papéis sociais dos mitos para sugerir que as teorias do desenvolvimento funcionam muito mais como um arranjo ideológico do que como um campo científico. É também realizado um paralelo entre a noção de jornada do herói de Joseph Campbell e as cinco narrativas de desenvolvimento mais conhecidas: protecionista, keynesiana, institucionalista, empreendedorismo e neoclássica.

Leia o artigo de Rômulo Carvalho Cristaldo e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/syT48VXnGsPLH5zcp7fCzbv/?format=pdf&lang=pt

En este artículo se analizan las principales características de los dos grandes modelos económicos del siglo pasado y lo que va del presente en América Latina. El primero está centrado en el desarrollo nacional, con una estructura de bienestar relativa. El segundo presenta las particularidades distintivas del modelo neoliberal vigente, en cuanto a la ruptura del pacto social entre capital, Estado y clase trabajadora, además de la flexibilización y desregulación como formas de gestión del trabajo. A modo de hipótesis, se exploran algunas de esas singularidades respecto a la aparición de una nueva precariedad laboral, así como de nuevas desigualdades de ingreso y pobreza, considerando las diferencias entre los países que adoptaron el modelo neoliberal y los que optaron por formas de gobierno posneoliberales. Los resultados en todas las dimensiones y variables consideradas mostraron condiciones más desfavorables en los países que con mayor apego siguieron el modelo neoliberal.

Leia o artigo de Dídimo Castillo Fernández em https://repositorio.cepal.org/server/api/core/bitstreams/377ab241-0a74-40fa-ba9a-6c20cf31bd61/content

O presente artigo discute o processo de formação do Brasil contemporâneo nos quadros do sistema-mundo moderno através da instituição da economia de mercado como mecanismo de regulação social. Para tanto, exploram-se as formas de sociabilidade herdadas do período colonial e, então, analisam-se as tensões desestabilizadoras que envolvem o processo de homogeneização dos diferentes modos de vida através do impacto da formação do Estado brasileiro e da organização dos mercados de terra e de trabalho. Argumenta-se que o estudo da economia de subsistência é central para compreender a transição ao Brasil contemporâneo na medida em que a partir dela é possível apreender as tensões engendradas sobre e pelo Estado no processo de instituição do modo capitalista de produção da vida no Brasil.

Leia o artigo de Fábio Pádua dos Santos em https://www.scielo.br/j/ecos/a/mFTwcwDQByzNnxGjvrMbtbG/?format=pdf&lang=pt

Este artigo discute a aplicabilidade de políticas econômicas e outras ações governamentais desenvolvimentistas às economias financeirizadas. Mobiliza os princípios regulacionistas teórico-metodológicos para uma macroanálise histórica e institucional. Após uma breve revisão dos conceitos da Escola da Regulação, incluindo o “regime de política econômica” (Théret, 1992, Lordon, 2002, Boyer, 2015), o caso brasileiro é analisado como um exemplo notável de compatibilidade institucional com a acumulação rentista-financeira em detrimento da acumulação de capital fixo produtivo. Vários indicadores deste caso são apresentados. Leia o artigo de Miguel Bruno e Leda Maria Paulani em https://www.scielo.br/j/rep/a/XNnjKHckFD6frvrZMZSsXPD/?format=pdf&lang=en

Este trabajo tiene tres objetivos: i) determinar los sectores prometedores que deben incentivarse para promover el desarrollo de los estados brasileños, ii) evaluar el impacto de la complejidad económica en el volumen de empleos y iii) simular el aumento de puestos de trabajo provocado por la adquisición de competitividad en las actividades consideradas prometedoras para cada uno de los estados. Los resultados obtenidos corroboraron el enfoque de la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), que subraya el papel del cambio de la estructura productiva en el proceso de desarrollo, y reafirmaron la importancia de la complejidad para mejorar el desempeño económico de los países o las regiones, ya sea con respecto al incremento del ingreso o del volumen de empleos.

Leia o artigo de Arthur Ribeiro Queiroz e outros em https://repositorio.cepal.org/server/api/core/bitstreams/f5895f77-d444-4b64-9f97-9042e26b9659/content

Os portos são fenômenos geográficos que materializam as inter-relações de espaços produtores e consumidores. No atual estágio do capitalismo, tornam-se elementos centrais, respondendo por mais de 90% do comércio internacional. No Brasil, o setor se caracteriza por um processo cíclico de maior/menor investimento. Entretanto, o período marcado pelas modificações radicais do setor em nível mundial é concomitante a mudanças na política de financiamento internacional e no endividamento do Estado. Novas lideranças passam a comandar o país, impondo políticas de contenção de gastos. Os portos se transformam em nós de estrangulamento que só passaram a ser enfrentados depois dos anos 2000, com financiamento estatal, parcerias público-privadas e nova legislação. Embora precisem amadurecer, os resultados iniciais lançam a perspectiva de um novo mapa portuário nacional. Objetivamos investigar essa nova dinâmica espacial, sua gênese, processo e perspectiva. Levamos em conta referências bibliográficas sobre o tema nas conjunturas internacional e nacional, além de dados de órgãos oficiais. Leia o artigo de Edson de Morais Machado em https://www.scielo.br/j/geo/a/3JnMsCjmrP7XSrxhT9dwTmz/?format=pdf&lang=pt

Este estudo está desenhado para compreender como o planejamento urbano pode determinar a percepção de saúde, governança, educação, padrão de vida, vitalidade da comunidade e da diversidade ecológica. (mais…)