desenvolvimentismo

Nosso objetivo é, usando o conceito de conjuntura crítica, discutir o desenvolvimentismo como legado histórico. Para tanto, na primeira seção, fazemos uma descrição estilizada de quatro casos típicos (Brasil, México, Coreia do Sul e Taiwan) e, em seguida, valendo-nos da técnica do process tracing, propomos um mecanismo causal composto por fatores estruturais e volitivos para entender o surgimento do desenvolvimentismo. Concluímos que o desenvolvimentismo é ilustrativo das vantagens de uma ciência social histórica que permite ir além da análise do conteúdo ideacional dos diversos paradigmas desenvolvimentistas e avançar para a identificação das condições históricas de sua produção como projeto político.

Leia o artigo de Renato Perissinotto em https://www.scielo.br/j/rep/a/vd9NxSm84JJkwcCyNKxnp7M/?format=pdf&lang=pt

O presente trabalho tem como objetivo revisitar e sistematizar os conceitos de Desenvolvimento Econômico e o de Desenvolvimentismo. A hipótese levantada pela pesquisa é a de que em razão da processualidade histórico-social das Ciências Econômicas, os termos Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimentismo podem ser categorizados de forma distinta por opção epistemológica e didática na atualidade. O artigo optou por realizar um estudo bibliográfico. Os procedimentos metodológicos para selecionar as referências foram pesquisa bibliográfica focada nos autores com análise histórica, concreta e indutiva da economia e do fenômeno de desenvolvimento econômico. Os resultados obtidos são de que os termos Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimentismo podem ser categorizados de forma distinta, o primeiro como conceito empregado por diversas escolas do pensamento econômico; o segundo é uma Escola de Pensamento Econômico em si e que possui quatro correntes teóricas (Desenvolvimentismo Clássico, Social Desenvolvimentismo, Novo Desenvolvimentismo, Desenvolvimentismo Socialista de Mercado).

Leia o artigo de Isaías Albertin de Moraes em https://www.scielo.br/j/rep/a/bhSCgt3mWh6MGt994WMVFLQ/?format=pdf&lang=pt

Desde os anos 1990, a economia brasileira passou por três fases marcadamente distintas: 13 anos de quase estagnação (1991 a 2003); 10 anos de prosperidade (2004 a 2013); e 8 anos de declínio econômico (2014 a 2021). Importantes autores novo-desenvolvimentistas apontam políticas introduzidas nos anos 1990 como causas da redução no crescimento. Este artigo sustenta que, mesmo que tal hipótese esteja correta, é inadequado tratar os últimos 30 anos como uma única fase econômica. O trabalho também compara as políticas de 2004-2013 com as recomendações desenvolvimentistas, concluindo que na maior parte são compatíveis. Por fim, aponta mudanças ocorridas no contexto internacional e brasileiro entre os anos 1970 e a atualidade, que reforçam a importância de analisar a experiência de crescimento mais recente.

Leia o artigo de Demian Fiocca em https://www.scielo.br/j/rep/a/JdZmJbLTRhtNBR8FtrtXFbk/?format=pdf&lang=en

A análise dos últimos anos das relações políticas e econômicas entre o Brasil e os países africanos mostra tendência para repetição de um padrão presente ao longo de todo o século XX – curtos períodos de aproximação seguidos por períodos maiores de afastamento. (mais…)

A partir da formulação de Wilson Cano (1999) discute-se a questão da soberania da política econômica no contexto das economias latino-americanas.

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Na literatura do campo da saúde coletiva há uma construção que sustenta a associação entre o movimento pela reforma sanitária dos anos 1970 e o que se denominou sanitarismo desenvolvimentista.

A partir dos discursos de dois sanitaristas do período desenvolvimentista – Mário Magalhães da Silveira e Carlos Gentile de Mello –, buscou-se reconhecer como se deu a construção desse lugar de “precursor” da reforma sanitária. Foi feita a análise das interfaces entre a saúde coletiva, o pensamento desenvolvimentista, a estratégia de construção do “sanitarista desenvolvimentista” e a reforma sanitária. Sem negar o papel precursor daqueles sanitaristas, argumenta-se que a construção do Sistema Único de Saúde não é uma mera continuidade do pensamento desenvolvimentista.

Leia o artigo de Camila Furlanetti Borges e Tatiana Wargas de Faria Baptista em https://www.scielo.br/j/hcsm/a/BSSprKy6ryYdXrGxyfpRxPC/?format=pdf&lang=pt

O artigo contribui para o debate desenvolvimentista no Brasil, a partir de dados obtidos na matriz de insumo-produto brasileira de 2014. Uma vez estimada a matriz com dados do IBGE, o artigo calcula os impactos de aumentos de investimento (mais…)

O esvanecimento do projeto socialista como um horizonte radicalmente oposto ao capitalismo trouxe ao primeiro plano a discussão sobre as alternativas dentro da economia capitalista. Como prova sua longa história, o capitalismo não é um regime econômico-social homogêneo, mas comporta uma diversidade de formas, cada qual sustentada por concepções econômicas e projetos políticos concorrentes entre si. (mais…)

Em 2017 completaram-se quarenta anos da publicação de Elegia para uma re(li)gião, de Francisco de Oliveira. Dedicado a analisar a trajetória da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), da qual o sociólogo fez parte entre 1959 e 1964, o texto se tornou uma referência para o debate sobre a questão regional no Brasil. (mais…)

O artigo discute a crise do capitalismo neoliberal e as alternativas que se abrem a partir dela. Para tanto, propõe um contraste entre duas formas de coordenar as instituições do capitalismo – o liberalismo econômico e o desenvolvimentismo – e o conceito de “coalizão de classe” para entender os diferentes modos de sua sustentação social e política. (mais…)