comparação

A partir de diálogo com ampla literatura sobre industrialização em países tardios, o artigo testa a hipótese geral de que a presença de uma elite disposta a perseguir o objetivo da industrialização e capaz de forjar coalizões políticas que a sustentem é condição necessária para a promoção do desenvolvimento industrial em países tardios. Há duas hipóteses correlatas: a) a presença daquela elite está intimamente vinculada à construção de instituições eficientes para a promoção da industrialização, b) o tipo de Estado criado depende do tipo de elite em questão e a combinação entre tipo de elite e tipo de Estado gera rotas distintas de transição para sociedades industrializadas. Ao fim, as hipóteses são testadas mediante uma análise fuzzyset com treze casos: três negativos (Zaire, Nigéria e Filipinas), cinco intermediários (Índia, Chile, Argentina, México e Brasil) e cinco positivos (Suécia, Noruega, Coreia, Taiwan e Japão). Os resultados confirmam as hipóteses de pesquisa.

Leia o artigo de Renato Perissinotto e Wellington Nunes em https://www.scielo.br/j/dados/a/PJ3Jqq7VXVTnJHYBwDxjCDd/?format=pdf&lang=pt

Este artigo busca investigar o financiamento da segurança pública em cinco unidades federativas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Rio Grande do Sul. O objetivo principal é investigar a variação do gasto com segurança pública nesses estados, apresentando sua estrutura orçamentária, buscando responder se é possível, ou não, compará-la. O resultado mostra que os estados organizam suas despesas de segurança pública de maneiras muito distintas, reflexo de estruturas de governança muito diferentes e complexas e que envolvem pesos diferentes nos estados para atores similares, como as polícias militares. As diferenças nos orçamentos estaduais são verificadas não apenas na comparação entre os estados, mas também no mesmo território ao longo dos anos. Esse retrato contábil torna muito difícil a comparação de custos da segurança pública no Brasil, indicando a necessidade de padronização contábil entre os entes e maior transparência para acompanhamento de ações relevantes no combate à violência. Dessa forma, será possível comparar, com mais exatidão, os gastos realizados pelos estados com seus resultados e, consequentemente, sua eficácia e efetividade.

Leia o artigo de Ursula Dias Peres e outros em https://periodicos.fgv.br/cgpc/article/view/88328/84848