Os contrastes e as desigualdades de renda e oportunidades da população brasileira que compõe a base da pirâmide socioeconômica tornam relevante o aprofundamento de estudos sobre os limites da pobreza para uma melhor gestão urbana. Neste artigo, utilizam-se dados do Cadastro Único e informações coletadas em pesquisa de campo para verificar se as definições dos principais programas sociais acolhem a população pobre em sua totalidade. Por meio de análise de correlação, proposições são testadas utilizando algumas variáveis de interesse para a definição de pobreza e a renda. Os resultados mostram que, mesmo usando uma linha de extrema pobreza unidimensional (renda), os parâmetros adotados pelas políticas públicas vigentes não alcançam toda a base da pirâmide. A literatura e as análises dos resultados sugerem a importância de revisar a metodologia de classificação socioeconômica, sobretudo das famílias de baixa renda que estão na linha da pobreza. As proposições indicaram que os programas sociais se correlacionam negativamente à renda, enquanto o trabalho formal, a escolaridade e a infraestrutura apresentam correlação positiva com a renda. Os resultados podem orientar o planejamento urbano através de políticas públicas que promovam a equidade entre aqueles que mais dependem dos programas sociais. Leia o artigo de Jardel Vilarino Santos da Silva e outros em https://www.scielo.br/j/urbe/a/T4txhS9X7H7gfZb49pQzCjj/?format=pdf&lang=pt