América Latina

Nas últimas décadas o capitalismo passou por diversas transformações na esfera produtiva e tecnológica, sejam essas relacionadas às novas tecnologias em áreas de comunicação e informação, ou à infraestrutura dos sistemas de informação, inovações na inteligência artificial, empresas digitais e de plataforma. Todas essas mudanças vêm moldando a forma pela qual a acumulação de capital opera e também a relação entre os países dentro da hierarquia interestatal. Partindo de elaborações teóricas clássicas e atuais sobre a dependência latino-americana – e com foco nas transformações produtivas e tecnológicas -, este trabalho visa a investigar como a dependência do continente se apresenta atualmente diante desta nova conjuntura e quais suas diferentes formas de manifestação. Os resultados do trabalho apontam para o quadro em que, enquanto países centrais, e alguns emergentes como a China, avançam na fronteira destas novas tecnologias, outros, como os latino-americanos, permanecem na mesma posição histórica de fornecedores de matérias-primas e também na posição mais recente de consumidores destas novas tecnologias. A partir das elaborações teóricas sobre a dependência e da investigação das transformações em curso, busca-se demostrar como tais transformações relacionam-se ao desenvolvimento histórico do capitalismo em que novos atores (como a China), ao adentrar cada vez mais na fronteira do desenvolvimento tecnológico e aproximar-se dos países latino-americanos, assumem uma posição relevante na definição do quadro da dependência do continente.

Leia o artigo de Valéria Lopes Ribeiro em https://www.scielo.br/j/ecos/a/tcvtqgdTdGyfKBwBTkvc3fz/?format=pdf&lang=pt

El presente artículo tiene como objetivo revisitar los debates clásicos sobre el problema del desarrollo y la dependencia en América Latina de los años sesenta y setenta. La mirada particular a partir de la cual se recuperarán y analizarán dichas discusiones se dirige a observar el modo en que ha sido conceptualizada y pensada la relación entre democracia y desarrollo. Es decir, que se focalizará en la dimensión específicamente política del desarrollo, un aspecto que no ha resultado especialmente atendido en estas discusiones. El propósito del artículo será entonces dar cuenta de las complejidades que supone la relación entre democracia y desarrollo considerando las singularidades sociales propias de nuestra región, y al mismo tiempo, poner de relieve una disyuntiva que, según nuestro punto de vista, puede iluminar algunos de los principales dilemas políticos contemporáneos de América Latina.

Leia o artigo de Andrés Tzeiman em https://www.economia.unicamp.br/images/arquivos/artigos/LEP/L29/03_Artigo_01_LEP_29.pdf

Este artículo tiene como objetivo realizar un ejercicio de retrospección autocrítica sobre los Estudios Organizacionales enmarcados en el contexto latinoamericano. Su desarrollo e incidencia en la región ha crecido y se ha consolidado -aunque no en todos los países al mismo nivel y profundidad- como un campo de conocimiento crítico para el estudio de las organizaciones. No obstante, hay algunos asuntos aún sin resolver sobre los cuales es necesario debatir. Es así como se retoma la expresión de Wittgenstein para formular algunas preguntas fundamentales, en relación con su identidad y proyección, en busca de una ‘fricción’ que permita seguir por ese camino de crecimiento. Aunado a lo anterior, se discuten algunos aspectos constitutivos de los Estudios Organizacionales. Las reflexiones permitirán, no solo ahondar en este campo de conocimiento sino, también, contribuir con los investigadores y estudiosos de las organizaciones en la región a construir una posición propia sobre el asunto.

Leia o artigo de Diego René Gonzales-Miranda em https://www.scielo.br/j/rae/a/YhsH66sJz3ym8rRtQyWrTbb/?format=pdf&lang=es

Este trabajo presenta los resultados de una investigación sobre el discurso relativamente nuevo sobre la innovación en la administración pública, su origen, significado y su uso en los países de Iberoamérica. Se hace un análisis de discurso de la literatura académica y del uso que ha tenido este concepto en los Congresos del CLAD en un período de ocho años. Se evidencia que el uso del concepto de innovación pública o en la administración pública ha aumentado, que ha sido adoptado por la comunidad iberoamericana reflejada en el CLAD y se exponen las implicaciones de los usos particulares que esta le ha dado al mismo.

Leia o artigo de Carolina Isaza Espinosa em https://clad.org/wp-content/uploads/2021/04/077-05-CIsaza.pdf

O artigo apresenta uma leitura crítica da terceira onda de estudos sobre clientelismo na América Latina produzidos na Ciência Política a partir dos anos 2000. Por meio de um diálogo com os autores e trabalhos mais influentes, o objetivo é mostrar que apesar de importantes avanços, esta literatura ainda enfrenta dificuldades no que se refere à definição do clientelismo. O argumento central é o de que essas dificuldades se devem à adoção de suposições universais e rígidas sobre o comportamento de políticos e eleitores e ao forte tom normativo das análises, quase sempre baseadas em premissas sobre como a democracia deve funcionar e sobre como o clientelismo distorce esse ideal. Para demonstrar o argumento, o conceito de clientelismo foi desagregado em quatro aspectos centrais: o objeto das trocas, os participantes, o método utilizado e a temporalidade. A análise dessas dimensões é articulada com a literatura sobre formação de conceitos, especialmente com os critérios de diferenciação, profundidade, coerência interna e utilidade teórica. O artigo conclui propondo caminhos para a superação dos problemas apontados, entre eles, a reavaliação das premissas que informam as análises, a valorização da descrição e o investimento em desenhos de pesquisa multimétodos.

Leia o artigo de Marta Mendes da Rocha em https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/TbwSYpfKT78V7MYH4M3hRfj/?format=pdf&lang=en

O presente artigo analisa a regulação de dados no Brasil, consolidada pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A partir da combinação da análise de dados do fluxo regulatório brasileiro (RegBR) e da avaliação das práticas no uso de cookies e outros mecanismos de rastreamento digital, busca-se identificar as normas reguladoras relativas à privacidade de dados no Brasil e diagnosticar sua aplicação. O trabalho também identifica quem são as organizações e por que coletam dados dos cidadãos. Os resultados da pesquisa empírica apontam que a maioria das páginas ainda não é suficientemente transparente com o tratamento de dados pessoais. Defende-se que os atos da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem forte relação com a regulação econômica, tendo em vista a relevância da privacidade nos demais atos reguladores e apontamentos decorrentes da revisão normativa e bibliográfica.

Leia o artigo de Marcelo Augusto Pedreira Xavier e Sólon Bevilacqua em https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/7824/6937

El propósito de este trabajo es realizar un análisis y reflexión crítica sobre el avance de las políticas de gobierno abierto en los países iberoamericanos miembros de la Alianza para el Gobierno Abierto, explorando hallazgos en un periodo de diez años. La metodología utilizada consistió en recopilar, explorar, sistematizar y analizar 63 planes de acción nacional de gobierno abierto, implementados por 18 países iberoamericanos; revisar en detalle una base de datos con un total de 1298 compromisos entre los años 2011 y 2021; y considerar otras 63 iniciativas ligadas a 12 planes de acción subnacional en 7 gobiernos locales de la región. El enfoque de gobierno abierto ha sido una importante herramienta de transformación del sector público iberoamericano en la última década, donde los ámbitos de carácter normativo y de uso de tecnología son claves en el proceso, al igual que los esfuerzos por promover la integridad pública y mejorar los servicios públicos como focos preferentes en los procesos de cocreación e implementación de compromisos de apertura institucional en la agenda regional comparada. En tal sentido, el gobierno abierto se presenta como el eje fundamental de una transición hacia un modelo de gobernanza colaborativa e inteligente de los asuntos públicos, que permita responder adecuadamente a los retos que impone el siglo XXI. Las principales conclusiones son que la Alianza para el Gobierno Abierto ha sido una plataforma que ha contribuido a institucionalizar procesos de apertura en todos los países iberoamericanos, con resultados e impactos visibles en diversas áreas de política pública. No obstante, en la ruta que posibilite la construcción y puesta en marcha de un Estado abierto, se requiere un mayor esfuerzo de integración que permita generar estrategias más amplias y sostenibles que fomenten el desarrollo de capacidades, en especial en el espacio territorial.

Leia o artigo de Álvaro V. Ramírez-Alujas em https://clad.org/wp-content/uploads/2023/10/082-03-R.pdf

A produção acadêmica latino-americana é analisada em relação à sua visibilidade, internacionalização e ecologia de saberes e de línguas nesse processo. Ferramentas bibliométricas foram utilizadas para formar um corpus de 2.939 estudos da base de dados Scopus entre 2010-2019, analisados em duas dimensões: a dimensão input/editorial, e a dimensão output/epistemológica, focando em três aspectos: (1) evolução por ano e país; (2) línguas e periódicos mais usados; e (3) colaborações internacionais. Os resultados da dimensão epistemológica mostraram maior colaboração com os autores do Norte Global, especialmente com a Espanha, os Estados Unidos e a Inglaterra (no caso do México e do Chile) e de Portugal (no caso do Brasil). Em relação à evolução quantitativa, observou-se um crescimento constante da produção latino-americana com o Brasil ocupando a primeira posição. O espanhol predominou como idioma de publicação, embora se observe uma tendência para o inglês no segundo quinquênio analisado, superando inclusive o português. Tomados em conjunto, os resultados do estudo sugerem que os padrões de produção acadêmica na América Latina não apresentam uma ecologia de saberes e de línguas.

Leia o artigo de Kyria Rebeca Finardi e outros em https://www.scielo.br/j/ensaio/a/JnwqwhDwVNGgWvhQSdQWHSR/?format=pdf&lang=en

Nas décadas de 1960 e 1970, a implementação de regimes autoritários na América Latina teve uma ampla repercussão nas pesquisas e debates em ciências sociais. As obras de Ruy Mauro Marini e Guillermo O’Donnell sobre o estado e o autoritarismo latino-americanos reúnem alguns desses impactos na produção do conhecimento social, em face de seu compromisso com o destino das sociedades em que se inseriam, embora a partir de princípios teóricos e perspectivas políticas distintos, heterogêneos e, por vezes, conflitantes. Essa contraposição teórica ganha relevância atualmente, dado o retorno de ideias e práticas autoritárias em nossas realidades sociais.

Leia o artigo de Fernando Neves em https://www.scielo.br/j/civitas/a/rk5FJKSgsTtzQm6rWfPhQDB/?format=pdf&lang=pt

A crescente inquietação em relação à situação social, política, econômica e ambiental na América Latina sugere um profundo desafio do modelo de desenvolvimento. Ideias sobre desenvolvimento importam porque buscam criar estados sociais resolvendo o que são considerados males sociais. No entanto, sua definição está sendo cada vez mais contestada. Este artigo dá sentido a essa pluralidade. A aplicação da teoria cultural de grupos de grade a esse debate produz quatro visões de mundo e noções de desenvolvimento típico-ideal irredutíveis: liderada pelo mercado, liderada pelo Estado, liderada pela comunidade múltipla e uma miragem.

Leia o artigo de Pablo Garcés-Velástegui em https://www.scielo.br/j/se/a/XpCYzfHSkYmGLGZ7hPyW8ps/?format=pdf&lang=en