Leonardo

Este artigo teve como objetivo evidenciar as contribuições do design estratégico para o modelo de gestão em uma empresa da economia criativa. O pressuposto teórico estruturante e subjacente ao desenvolvimento do estudo apoia-se na compreensão da relevância da gestão estratégica para a concepção do modelo de negócios, considerando que as empresas que operam em atividades classificadas como da economia criativa evidenciam especificidades que demandam ajustes no seu processo de gestão, que pode encontrar respaldo em vertentes teóricas relacionadas ao design estratégico. Para a realização do estudo, optou-se pela estratégia de estudo de caso único e abordagem qualitativa, por entender que, desta forma, seria facultado evidenciar aspectos subjetivos e sutis que permeiam o tecido organizacional e influenciam tanto o corpo diretivo como a equipe de colaboradores. A coleta de dados empíricos ocorreu na segunda quinzena do mês de setembro do ano de 2022, por meio de entrevista em profundidade com a gestora da organização, bem como levantamento documental. Os resultados evidenciaram as características da organização, que opera em uma das atividades da economia criativa, bem como os desafios que demandam adaptação do modelo de gestão, que é influenciado pelo design estratégico, facultando, desta forma, o alcance dos objetivos organizacionais. Leia o artigo de Dusan Schreiber e outros em https://dialogo.espm.br/revistadcec-rj/article/view/463/418

As pesquisas relacionadas à economia criativa vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos, principalmente pelo aumento de sua representatividade na economia global. Acredita-se que as organizações da economia criativa possuem características organizacionais diversas dos setores econômicos tradicionais, em que a criatividade é relevante no processo de inovação. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a inovação em organizações da economia criativa. A literatura brasileira sobre inovação em negócios criativos ainda é incipiente, assim, espera-se contribuir para os estudos de administração. Foram constatadas algumas características diversas dos segmentos tradicionais da economia, tanto no tipo de inovação quanto na forma como a inovação é gerenciada. Entretanto, é questionável se a flexibilidade que tanto auxilia no fluxo de ideias e informações seria uma realidade em empresas de maior porte.

Leia o artigo de Mariana Bianchini Galuk e outros em https://www.scielo.br/j/ram/a/3TfcM3p38wCdQGqcxZhn8DJ/?format=pdf&lang=en

Este artigo objetiva refletir sobre a concepção de trabalho no campo da Economia Criativa, bem como sobre a contribuição de tal conceito para o entendimento da cultura em organizações no contexto contemporâneo. Refere-se a uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfico e documental. O marco teórico tem como base as noções de trabalho, com ênfase no trabalho imaterial (Lazzarato & Negri, 2001, Schwartz & Durrive, 2015), rizoma (Deleuze & Guattari, 2000) e poder simbólico (Bourdieu, 2002) para refletir o contexto da Economia Criativa (Florida, 2011, Howkins, 2013). Como resultado principal desta reflexão teórica inicial, compreende-se que as interações pretendidas para e por trabalhadores da Economia Criativa transitam entre uma perspectiva rizomática e libertária e outra estrutural e baseada nos valores compartilhados. Nesse caso, as organizações assumem uma configuração diferenciada mediante a cultura expressa por normas e disputas simbólicas, incorporadas por cada grupo na condução de seus projetos.

Leia o artigo de Gislene Feiten Haubrich e outros em https://www.scielo.br/j/osoc/a/sBjrfDSxgkxLcsqdHhQB7NQ/?format=pdf&lang=en

O presente artigo objetiva realizar uma análise dos investimentos realizados na última década a partir dos dispositivos da Lei de Incentivo à Cultura – Lei nº 8.313/91, popularmente conhecida como Lei Rouanet. Estrutura-se a partir da maneira como os investimentos públicos foram destinados para que os objetivos da referida lei – sedimentada no binômio captação de recursos com posterior difusão da cultura – fossem, ou não, alcançados, considerando em toda a análise a (in)observância dos artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988 e por consequência o princípio da fruição e pulverização cultural dali decorrentes. Propõe uma análise exploratória e dedutiva com base no estudo da legislação nacional (Lei Rouanet e seus dispositivos derivados) e internacional (tratados da UNESCO), tornando efetiva as constatações com base nos dados apresentados, disponibilizados no Portal da Transparência do Governo Federal e no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura – SALIC. O debate acerca do tema se torna relevante na contemporaneidade, uma vez que a cultura é um elemento de desenvolvimento social e humano, tendo, ainda papel significativo no desenvolvimento econômico nacional (economia criativa). Portanto, é necessário compreender quais os mecanismos para captação de recursos dispostos no corpo da lei e determinar sua eficácia/eficiência para atender à existente necessidade do setor cultural. Podendo a partir desta análise identificar possíveis falhas e oportunidades de melhoria legislativa a fim de garantir que o Estado esteja cumprindo com o seu papel.

Leia o artigo de Luise Amaral e Albano Francisco Schmidt em https://www.researchgate.net/profile/Judite-Bem/publication/377951342_E-BOOK_Anais_VI_ENIPAC/links/65be4aa01e1ec12eff6f9b4e/E-BOOK-Anais-VI-ENIPAC.pdf#page=78

O objetivo deste artigo é analisar a apropriação do empreendedorismo em políticas públicas, especificamente no contexto da Economia Criativa (EC) no Brasil. Em termos metodológicos, a análise será centrada no planejamento governamental do primeiro órgão federal de economia criativa, cujos dados foram coletados por meio de pesquisas bibliográfica e documental, assim como foram tratados pela técnica de análise de conteúdo. Como resultados, observou-se que a Política Pública Nacional de Economia Criativa (PPNEC) internaliza o empreendedorismo como um meio significativo de desenvolvimento plural da EC como um novo setor produtivo com base na diversidade cultural e na inclusão social. Observou-se que o empreendedorismo pode contribuir para a efetividade da PPNEC no Brasil, numa perspectiva de Brasil Criativo, porém isso requer a retomada de ações integradas com vários setores produtivos da sociedade e de valorização do setor.

Leia o artigo de Magnus Luiz Emmendoerfer e outros em https://reuna.emnuvens.com.br/reuna/article/view/1271/812

O presente trabalho formula um modelo computacional baseado em agentes visando compreender o comportamento migratório da classe criativa e os padrões de aglomeração urbana a ele associados, assim como a relação de tais padrões com o potencial criativo. Na formulação do modelo, foram utilizados conceitos de geografia evolutiva econômica, teoria de redes e a literatura de economia criativa. O modelo simula o aprendizado, interação e migração dos agentes, considerando diversidade étnica, política e sexual, assim como as amenidades urbanas e oportunidades de emprego como fatores atratores da classe criativa. Como resultado, observa-se uma relação exponencial entre o potencial criativo e população de uma localidade, sugerindo uma vantagem relativa e absoluta dos grandes centros no que tange ao potencial para inovar. Considerando as variáveis que interferem na velocidade de crescimento do potencial criativo, a quantidade de conhecimento trocado entre os agentes parece exercer um efeito potencializador superior ao número de interações entre agentes.

Leia o artigo de Leonardo Francisco Favaretto e Eva Yamila da Silva Catela em https://www.scielo.br/j/rbi/a/JPwsyzhB5s89Qrdj78f6BTx/?format=pdf&lang=pt

Partindo da premissa de que estudos regionais devem incorporar aspectos econômicos e culturais conjuntamente e tendo como base empírica os indicadores propostos por Florida, são confeccionados vários indicadores relacionados à distribuição de indivíduos qualificados nos municípios brasileiros. Análises descritivas e a utilização da técnica multivariada de aglomerados mostram que alguns municípios se destacam com os valores mais elevados para diversos dos indicadores, tais como: São Caetano do Sul (SP), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC). Estudos econométricos indicam que municípios com maior população, que são capitais de estado, mais urbanizados, localizados nas regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste e com maior participação dos setores secundário e terciário na economia tendem a ter maiores proporções de trabalhadores na economia criativa, ou maiores índices de qualificação. A hipótese de Florida, que propõe que locais com atmosfera mais vibrante também apresentam essa tendência, não foi corroborada por esses estudos.

Leia o artigo de André Braz Golgher em https://www.scielo.br/j/rbepop/a/5hTGKW7Zv8JKX4kqxYvpLwn/?format=pdf&lang=pt

O objetivo deste artigo é verificar se existe alguma relação entre as cidades criativas medida pelo Índice de Criatividade (3Vs) com o seu nível de desenvolvimento econômico que é representado pela renda média. Para isso, constrói-se um modelo teórico com as dimensões do Índice de Criatividade que dá origem a um diagrama de caminhos testado por meio do Modelo de Equações Estruturais. Examina-se a hipótese de cada dimensão individualmente afetar positivamente o desenvolvimento econômico e de o conjunto das três dimensões produzirem impactos destacadamente positivos ao desenvolvimento econômico. O resultado aponta que cada dimensão impacta positivamente o nível de renda média, porém, não é possível dizer o mesmo com relação a ação do conjunto das dimensões no desenvolvimento econômico.

Leia o artigo de Natália Branco Stein e Osmar Tomaz de Souza em https://www.anpec.org.br/sul/2024/submissao/files_I/i2-2322d9840adf109a6c31787dcdf87425.pdf

O objetivo do artigo é explicar por que cidades criativas buscam desenvolver a paradiplomacia em seus processos de internacionalização. O argumento central indica que o desenvolvimento da paradiplomacia na internacionalização de cidades criativas está relacionado a quatro fatores principais: (1) a busca de cooperação técnica no exterior para o desenvolvimento de capacidades para negócios criativos e o empreendedorismo cultural, (2) a construção de parcerias em programas de requalificação de espaços urbanos, (3) a divulgação das qualidades locais para a atração de investidores em coproduções e empreendimentos conjuntos e (4) a influência em instituições internacionais para facilitar o acesso ao mercado global de atividades culturais. Argumenta-se que, quanto mais segmentadas forem as partes da cidade criativa, mais capacitadas forem as burocracias subnacionais para a atividade paradiplomática, mais harmônicas forem as relações entre governos central e municipal, mais autonomia for delegada às prefeituras e mais interdependente for a cidade criativa no nível externo, mais assertiva será a sua atividade paradiplomática para buscar corrigir assimetrias domesticamente e projetar a cidade internacionalmente. Utiliza-se a metodologia de comparação focada e estruturada de estudos de caso, aplicada à investigação de três cidades criativas que realizaram atividades paradiplomáticas em suas iniciativas de internacionalização: Barcelona, Toronto e Rio de Janeiro.

Leia o artigo de Diego Santos Vieira de Jesus em https://www.scielo.br/j/rsocp/a/Fy9fCccP6L6JnnWmMTFcShS/?format=pdf&lang=pt

O presente artigo debate como a economia criativa, fenômeno econômico do final do século XX, que utiliza as forças da cultura atrelada a tecnologia e inovação, está reconfigurando os espaços das cidades. Para analisar tais desdobramentos nos territórios urbanos, este estudo traçará um paralelo histórico do contexto global ao nacional, analisando como tais ações ocorrem, configurando a dinâmica global dos “territórios criativos”. Nesse sentido, o cenário brasileiro da economia criativa também é problematizado, tanto do ponto de vista institucional como do territorial. Por fim, o artigo busca compreender e refletir qual é a importância da economia criativa dentro das discussões atuais sobre o desenvolvimento dos territórios urbanos, em particular metropolitanos, e entender as perspectivas e os conflitos que ela determina nessas localidades. Leia o artigo de Caio Cesar Marinho Rodrigues de Souza e Gerardo Silva em https://www.scielo.br/j/cm/a/3ptx6myJKjjJJD5kmVzwjCP/?format=pdf&lang=pt