Leonardo

Este estudo analisa a teoria da liderança digital, comparando-a com outras teorias correlatas na área. Este trabalho é resultado de 15 anos de reflexões de um grupo de pesquisadores que estudam liderança no Brasil. A questão que norteou este estudo foi: novos atributos de liderança são necessários ou indivíduos capazes de liderar na Revolução 4.0 combinarão atributos existentes encontrados na literatura? a liderança digital reforça diversos atributos destacados em teorias anteriores, seja na abordagem comportamental, ao enfatizar a importância do líder na criação de condições para o desenvolvimento das pessoas, na teoria relacional, ao estabelecer relações de confiança com as pessoas, criando redes relacionais multilaterais, na teoria transformacional, ao articular uma visão coletiva legitimada pelos seguidores, ou na teoria situacional, ao ser capaz de se adaptar a contextos em rápida mudança. Portanto, a teoria da liderança digital não acrescenta nada realmente novo.

Leia o artigo de Daniela Martins Diniz e outros em https://www.scielo.br/j/bar/a/qDdJ994wMpdRJXrCkZkwK7m/?format=pdf&lang=en

Com o objetivo de compreender a construção teórica da liderança e as transformações ocorridas no campo da Administração, este artigo utiliza a Teoria Crítica como suporte epistemológico para analisar conceitos e condições históricas das Teorias Tradicionais da Liderança. Especificamente, investigamos as teorias de liderança: abordagem do traço pessoal, abordagem do estilo, abordagem contingencial e a abordagem da nova liderança. Por meio de uma pesquisa qualitativa, utilizando o método hermenêutico-dialético, concluímos que as teorias de liderança naturalizaram interesses gerenciais sem considerar a natureza conflituosa das organizações. Esse processo de naturalização foi criticamente refletido neste artigo, questionando o conceito de liderança e suas implicações. Percebemos que as teorias que se configuram como Teorias Tradicionais desconsideram o contexto histórico e conflituoso da origem do fenômeno, produzindo racionalidades instrumentais, naturalizadas e a serviço do capital. A abordagem crítica proposta neste estudo é um ponto forte, oferecendo um parâmetro para pesquisas empíricas baseadas nos estudos críticos organizacionais.

Leia o artigo de Jussara Jéssica Pereira e outros em https://www.scielo.br/j/read/a/3C6NP9fXdXdGv8G8V3YqRfz/?format=pdf&lang=pt

Com a difusão do home office, faz-se necessário identificar em que aspecto o conceito de meio ambiente do trabalho engloba essa modalidade de prestação de serviço, a fim de identificar quais as normas constitucionais e legais que regulam o meio ambiente podem ser aplicadas. O que se pretende com esta pesquisa é demonstrar a equiparação do trabalho presencial e do teletrabalho, identificando a saúde dos trabalhadores como bem ambiental, a partir das características de bem de uso comum do povo e bem essencial à sadia qualidade de vida, para, a partir daí, atribuir ao empregador a responsabilidade pela adoção de medidas necessárias para redução dos riscos ambientais. Essa responsabilidade do empregador pode ser extraída das normas de proteção, incluindo as previsões dos arts. 1º, 3º, 7º, XXII, 170, 196 e 225 da Constituição Federal, da Lei n. 6.938/81, do art. 19, § 1º e § 3º da Lei n. 8.213/90 e do Capítulo V da CLT. O método hipotético-dedutivo foi adotado precipuamente, sendo a pesquisa qualitativa.

Leia o artigo de Celso Antonio Pacheco Fiorillo e Natalia dos Santos Medeiros em https://www.scielo.br/j/vd/a/DhfW4W4hZ6KQdbTLnLjY6PM/?format=pdf&lang=pt

A utilização da lógica nos modelos de recuperação da informação (RI) é examinada, por meio de levantamento bibliográfico da produção no campo e análise crítica de trabalhos relevantes. O levantamento revela um crescimento do volume de pesquisas acerca de modelos não-clássicos que incorporam a incerteza, especialmente a lógica difusa (fuzzy logic) nos sistemas de RI. A evolução de sistemas baseados em lógicas não-clássicas, emergidas a partir da lógica clássica/booleana é discutida. Conclui com uma tentativa de responder a críticas contra o formalismo lógico e reconhece a evolução técnica e conceitual representada pela introdução de modelos lógicos não-clássicos no campo da RI.

Leia o artigo de José Claudio Morelli Matos em https://www.scielo.br/j/pci/a/HRmpKNBKSFXPYrSfBqWDqvC/?format=pdf&lang=pt

Neste artigo, propomos um modelo de instrumento visual que permite analisar a comunicação no âmbito interno das organizações, chamado Modelo para Análise da Comunicação Interna (MACIn), composto por seis quadrantes, dos quais cinco são ancorados na literatura, e concebido para auxiliar no diagnóstico da comunicação interna e na condução de grupos focais, sejam eles com finalidade científica ou gerencial. O MACIn reúne o modelo Canvas, a técnica de grupo focal e o assunto comunicação interna em um só instrumento e permite levantar informações e promover discussões em torno de temas como os objetivos organizacionais, a percepção sobre a comunicação interna, os canais utilizados, os fluxos e acesso a informações e a comunicação dos líderes. Entre as contribuições observadas após a validação do modelo, destacamos a agilidade que oferece ao processo de coleta dos dados e a possibilidade de entrevistar diferentes grupos mantendo a mesma abordagem, o que permite análises comparativas posteriores.

Leia o artigo de Francine Lucatelli e outros em https://www.scielo.br/j/interc/a/QGFXm4RB964fFrxNqwQRgZH/?format=pdf&lang=pt

A transformação ágil, como é denominada nas empresas que adotaram em algum nível organizacional a nova prática de trabalho, está sendo aplicada pelas empresas que pretendem rever os próprios valores presentes na cultura organizacional, e como uma nova forma de construir e manter seus produtos. Este artigo teve como objetivo identificar as práticas e os valores da cultura organizacional e a gestão da mudança podem auxiliar na transformação cultural com adoção dos métodos ágeis. Foi aplicado questionário on-line (322 respondentes) e realizadas entrevistas com profissionais que estão passando pela mudança organizacional com a adoção dos métodos ágeis. Observaram-se um maior igualitarismo nos diversos níveis, autonomia para os profissionais, preocupação com o trabalho coletivo, entre outros. constatou-se as principais motivações em busca de melhorias nos processos, acelerar a entrega de software, melhorar o alinhamento de TI e os negócios, aumentar a produtividade. Já as melhorias na adoção dos métodos ágeis englobaram inovação, satisfação do usuário, qualidade, valor do negócio, processos e produtividade. A adoção de métodos ágeis afeta a cultura organizacional com os princípios e valores ágeis, gerando impactos positivos para as pessoas e a capacidade de inovação nas empresas.

Leia o artigo de Ronaldo Amaral Costa Júnior e Thiago Soares Nunes em https://www.scielo.br/j/pci/a/P7Bp6tdMHkw98mHFBZf9wXN/?format=pdf&lang=pt

A leniência organizacional, definida como a falha sistemática da gestão em lidar com problemas de desempenho (como baixa produtividade, baixa qualidade de trabalho, absenteísmo etc.), é frequentemente uma realidade em organizações públicas. Propomos que as consequências negativas da leniência organizacional podem ir além da perda de produtividade de alguns funcionários com baixo desempenho. Especificamente, investigamos em que medida a percepção de leniência organizacional pode afetar negativamente o clima organizacional e a satisfação no trabalho dos servidores públicos em geral. Propomos que o efeito negativo da leniência organizacional é mediado tanto pela percepção de reconhecimento recebido quanto pela congruência de valor entre os servidores e a organização, formando um modelo de mediação paralela. Em outras palavras, a percepção de leniência organizacional pode fazer com que os funcionários públicos sintam que seus esforços não são adequadamente reconhecidos e, ao mesmo tempo, diminui a percepção de alinhamento entre seus valores e as práticas da organização.

Leia o artigo de Gustavo M. Tavares e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/GQGsL7bc8jDXp9PrLHnkPtR/?format=pdf&lang=pt

A chamada “estratégia aberta” preconiza a inclusão de colaboradores de diferentes níveis, bem como de agentes externos e parceiros, no processo de construção da estratégia. Esse movimento de abertura e inclusão também tem avançado no setor público por meio da governança colaborativa, como consequência das mudanças do entendimento do papel do Estado numa forma de gestão que promove a interação entre os atores públicos e privados. O argumento central deste ensaio é que há paradoxos inerentes à estratégia aberta no setor público que precisam ser gerenciados para evitar ou minimizar tensões prejudiciais entre os envolvidos. O artigo adota uma abordagem reflexiva e indutiva, baseada nas perspectivas teóricas tanto da estratégia aberta quanto da governança colaborativa. Como resultado, contribui para o campo de estudos em gestão pública e apresenta proposições teóricas e práticas que indicam caminhos para gerenciamento da estratégia aberta.

Leia o artigo de Maria Elisa Brandao Bernardes em https://www.scielo.br/j/rap/a/9Gf5jtgvV43vjPqxkDxRr7c/?format=pdf&lang=pt

Dada a necessidade de se compreender mais detalhadamente como as ferramentas da administração estratégica (FAE) contribuem para a tomada de decisão no contexto da administração pública, este artigo tem o objetivo de avaliar o uso das FAE e sua influência na tomada de decisão em um grupo de empresas estatais. O estudo foi realizado com três empresas selecionadas por acessibilidade. Uma análise do conteúdo das entrevistas com os gestores de cada empresa foi realizada, obtendo-se os seguintes resultados: decisões de longo prazo foram associadas, principalmente, àquelas necessárias ao cumprimento do planejamento estratégico, porém, pouca ênfase foi dada às decisões que envolvessem risco ou incerteza, o uso das FAE com foco no cumprimento de exigências legais tendia a minar a conscientização e o preparo dos usuários. Tais fatores, assim como a necessidade de acomodar alterações de natureza política às ferramentas, restringem os benefícios plenos do uso das FAE nas empresas estatais e sua capacidade de lidar com a complexidade do ambiente estratégico. O estudo contribui para maior compreensão dos aspectos específicos do uso de FAE, bem como seus benefícios e limitações em organizações públicas, particularmente, empresas estatais.

Leia o artigo de Susanne Matos Nogueira Leal e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/8MJGttrcjtJR5SdLRmvWw6F/?format=pdf&lang=pt

Este estudo tem como objetivo examinar os efeitos do estabelecimento de metas organizacionais por meio do planejamento estratégico na motivação dos servidores públicos. Fundamentada na teoria das representações sociais, a pesquisa explora os sistemas centrais e periféricos que moldam a representação social desses objetivos. O estudo identifica elementos-chave – como metas, eficiência, resultados, planejamento e organização – como centrais para a representação social dos objetivos organizacionais. Estes elementos estão intimamente associados à motivação, sugerindo que objetivos organizacionais claros contribuem para o envolvimento e desempenho dos funcionários. As conclusões também destacam o papel de fatores periféricos, como transparência, alinhamento e bem-estar, que influenciam ainda mais a percepção e implementação do planeamento estratégico. A pesquisa conclui que o planejamento estratégico, seja baseado em abordagens racionais ou emergentes, impacta positivamente a motivação dos funcionários, apoiando assim a execução eficaz das estratégias do sector público.

Leia o artigo de Catheriny Baccaro Nonato e outros em https://www.scielo.br/j/rap/a/C9CZVGPBHJgJr68VphVYwKy/?format=pdf&lang=pt