Leonardo

O artigo discute o lugar do Complexo Industrial da Saúde na iniciativa governamental de uma nova industrialização no Brasil. Para isso, aborda eventuais caminhos que a iniciativa reserva para os seus diversos componentes. Começa discutindo a propriedade desse processo mirar uma “soberania sanitária” como objetivo. Em seguida, aponta a necessária articulação da indústria na saúde com a política geral de industrialização. Ressalta o papel do Estado e do setor privado nesse processo e ressalta a presença do SUS e do Ministério da Saúde. Finalmente, aponta as condições de competição entre o Complexo Industrial da Saúde e o oligopólio industrial global.

Leia o artigo de Reinaldo Guimarães em https://www.scielo.br/j/csc/a/LjGrN4HvNrmgz3zzXYLtQmS/?format=pdf&lang=pt

Este artigo procurou contribuir para a literatura e para o debate nacional e global sobre a superação de uma polarização relacionada ao aspecto jurídico e administrativo do processo de inovação, procurando se concentrar nas patentes como um fator condicionante das trajetórias tecnológicas que viabilizam o aprendizado em âmbito produtivo. Baseou-se em um arcabouço teórico e político relacionado à inovação e ao acesso a medicamentos, especialmente quanto aos direitos de Propriedade Intelectual, e na análise crítico-reflexiva de instrumentos de Propriedade Intelectual utilizados em Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), desenvolvidas por um instituto de tecnologia em fármacos sintéticos, público e nacional. Os resultados demonstram a relevância da compatibilização dos direitos de patentes com a construção de uma capacidade tecnológica e de inovação no país, vinculada ao acesso universal, especialmente quando envolverem produtos que se destinam ao tratamento de doenças graves, de alta complexidade tecnológica e de alto custo. Conclui-se que, para superação da dependência tecnológica e ampliação do acesso a medicamentos no Brasil, o Estado deve buscar o equilíbrio entre os interesses públicos e privados na área da saúde, a articulação entre os instrumentos jurídicos legais existentes e o alinhamento entre suas políticas de saúde, industriais, de CT&I e Propriedade intelectual.

Leia o artigo de Daniela Rangel Affonso Fernandes e outros em https://www.scielo.br/j/sausoc/a/8wgLPVZGz3NDDy8rP4Q5xHC/?format=pdf&lang=pt

A inovação é um elemento fundamental para o desenvolvimento e crescimento, mas constituída por um processo demorado de acúmulo de conhecimento. Uma das formas de acelerar tal processo é por meio da transferência de tecnologia. Este artigo mapeou as particularidades da transferência de tecnologia para a vacina contra COVID-19, celebrado entre a AstraZeneca e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), Fundação Oswaldo Cruz, bem como reconheceu os seus facilitadores, seus entraves e suas lacunas. Para tanto, foi realizada uma análise desde a etapa da seleção do parceiro mais adequado até a incorporação da nova tecnologia. A metodologia utilizada se baseou em uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema, aliada ao estudo de caso. Os resultados apontaram que, apesar de muitas ações ainda precisarem ser realizadas para que os ganhos de capacidade tecnológica sejam potencializados, as lições aprendidas com o processo de transferência de tecnologia servirão de aprendizado e serão utilizadas nos acordos futuros e em andamento.

Leia o artigo de Vivianne Zalmon Rosenberg e Adelaide Maria de Souza Antunes em https://www.scielo.br/j/csp/a/DqgphkgtGvnKrpMt7XmqJfR/?format=pdf&lang=pt

Com o rápido desenvolvimento de uma nova fase de revolução científica e tecnológica, transformação industrial, fabricação digital, inteligência artificial, internet e outros campos emergentes marcados pela digitalização e inteligência estão experimentando ampla penetração e constante emergência de inovação cruzada. O desenvolvimento de novas tecnologias é um caminho constante de ampliação na diversidade de recursos, marcado por uma complexidade e incerteza significativas. No entanto, satisfazer as exigências do desenvolvimento de tecnologias emergentes apenas com os recursos inovadores e habilidades das próprias empresas torna-se uma tarefa desafiadora. A limitação de recursos inovadores instiga as empresas de tecnologia emergente a trocar ativamente ou passivamente diversos recursos inovadores com outros agentes de inovação, transcendo limites organizacionais, tecnológicos ou industriais. Isso impulsiona o rápido surgimento de redes de inovação cruzada em tecnologias emergentes, tornando-se uma maneira crucial para as empresas de tecnologia emergente evitarem riscos inovadores e aprimorarem a eficiência da inovação. Este estudo emprega a análise de redes sociais para construir redes de coocorrência de códigos IPC, redes de cooperação entre detentores de patentes e redes de citação de patentes em estágios específicos. Utilizando dados de patentes de tecnologia de carros autônomos de 2006 a 2020 como amostras, analisa a cooperação entre os sujeitos, o fluxo de conhecimento e a convergência tecnológica no processo de inovação cruzada. Explora o processo evolutivo da rede de inovação cruzada em tecnologias emergentes e suas características em cada estágio, proporcionando insights relevantes.

Leia o artigo de Yanxi Jin e outros em https://www.scielo.br/j/tinf/a/YMDZLz57hCzKpKcJQSGzHgF/?format=pdf&lang=en

O artigo objetiva compreender a contribuição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para o desenvolvimento da pesquisa científica brasileira. Para isso, realizou-se um estudo cientométrico dos dados de publicações científicas recuperados na coleção principal da Web of Science, gerando-se indicadores de produção científica. Para potencializar as análises, também foram coletadas informações na plataforma Nilo Peçanha e na plataforma Sucupira. Foi possível constatar que, após a implementação dos Institutos Federais, ocorreu um crescimento significativo do número de artigos científicos publicados pela Rede Federal, tendo se destacado o Instituto Federal Goiano e, dentre as regiões brasileiras, o Sudeste, com relação ao quantitativo de publicações. Quanto às áreas de pesquisa, a que obteve maior número de documentos publicados foi a da Agricultura, tendo sido identificada também a área de Educação e Pesquisa Educacional entre as que mais obtiveram publicações. Conclui-se que os Institutos Federais criados em 2008 trouxeram um incremento importante para a pesquisa científica brasileira.

Leia o artigo de Rayra da Silva Föeger e Felipe Ferreira Barros Carneiro em https://www.scielo.br/j/emquestao/a/wYS69p5fqSjKgNq9Jb7DRLv/?format=pdf&lang=pt

Este artigo visa propor um framework conceitual indicando como os laboratórios de inovação podem contribuir para a melhoria da prestação de serviços públicos, à luz do modelo do Novo Serviço Público (NSP). O artigo discute as relações e aproximações teóricas dos laboratórios de inovação em interface com o modelo do NSP, por meio de um framework, demonstra-se relevante, tendo em vista as possibilidades que esses espaços oferecem para potencializar a inovação em serviços e a colaboração no setor público, permitindo o intercâmbio de conhecimentos e aprendizagem individual e coletiva. Laboratórios de inovação são ambientes dinâmicos e colaborativos que buscam reparar as deficiências identificadas na abordagem tradicional de política e no design dos serviços públicos. São também considerados espaços de fronteira, atuando em interface direta com os cidadãos e organizações privadas, valendo-se de abordagens inovadoras para modificar a forma como as organizações públicas operam e estimulam a construção de redes de colaboração. No entanto, barreiras individuais, de colaboração e estruturais podem limitar a proposição de soluções inovadoras para os serviços públicos e o alcance desses laboratórios na incorporação de elementos do NSP.

Leia o artigo de Alessandro Carlos da Silva Junior e outros em https://www.scielo.br/j/ram/a/4VnpbkWMv6LwbtVWm66GV9y/?format=pdf&lang=en

Quase 50% da população dos países em desenvolvimento sofre de pobreza extrema, enfrentando questões como acesso inadequado a água potável, habitações precárias e educação de má qualidade. Consequentemente, surgiu um debate sobre o potencial da TIC para melhorar as condições socioeconômicas prevalecentes em nações empobrecidas. Essa discussão deu origem a um campo florescente de investigação conhecido como TIC para o desenvolvimento (ICT4D). No entanto, a maioria dos acadêmicos da área de ICT4D não vem de países em desenvolvimento, nem residem nessas regiões – as principais beneficiárias das iniciativas de ITC4D. Este é o caso do Brasil, um país caracterizado por disparidades socioeconômicas significativas, onde esse campo de estudo tem despertado pouco interesse na comunidade acadêmica e, assim, permanece largamente subinvestigado. Assim, o objetivo deste artigo é entender esse fenômeno.

Leia o artigo de Luiz Antonio Joia em https://www.scielo.br/j/rac/a/fBhq7dLmYX9Q8F7HNFwXkmv/?format=pdf&lang=en

Debates sobre sustentabilidade, Gestão da Informação e do conhecimento têm sido realizados em diversos contextos – social, econômico, acadêmico e governamental. A sustentabilidade é vista como chave para manter o ambiente equilibrado e com recursos disponíveis. A partir disso, organizações são cobradas por clientes, investidores e sociedade para adotarem boas práticas, nesse contexto a informação e o conhecimento são vistos como recursos indispensáveis na gestão eficiente e eficaz. O objetivo neste artigo é investigar como as pesquisas acadêmicas estão discutindo Sustentabilidade nos campos da Gestão da Informação e do Conhecimento. Foi possível inferir que a Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento e Sustentabilidade estão sendo explorados, discutidos e apresentam vínculos entre as temáticas centrais e seus respectivos conceitos. Fato que colabora na aplicação de técnicas, ferramentas e sistemas de forma eficiente, e, portanto, constituem-se como temas a serem investigados.

Leia o artigo de Geovana Ezequieli de França e outros em https://www.scielo.br/j/rdbci/a/kqZ3XBJmpxjF5WZ6whvb6Mc/?format=pdf&lang=pt

A capacidade de inovar é crucial para a competitividade e o crescimento econômico e está associada à procura de aperfeiçoamento e diferenciação de produtos e serviços de maneira que tragam vantagens competitivas sustentáveis. A cultura da inovação é reconhecida como um bom seguro organizacional para maior longevidade num ambiente de mercados em rápida evolução. Muitas empresas ainda não se deram conta, mas a chave para que conquistem e mantenham vantagem competitiva está em estabelecer um ritmo de inovação contínuo. O presente ensaio discute os avanços e limites da gestão da inovação nas últimas décadas, considerando o paradigma da inovação aberta e adotando a perspectiva da inovação como processo. O estudo aborda algumas das principais inovações nesse campo como os sistemas de gestão da inovação, padrões de gestão da inovação, ferramentas de gestão da inovação e ferramentas de autoavaliação da capacidade de inovação.

Leia o artigo de Trajano Augustus Tavares Quinhões e Luís Velez Lapão em https://www.scielo.br/j/rae/a/5sZW7wZdpX5whB4cmf6DgnQ/?format=pdf&lang=pt

Este trabalho expõe a proposta da retomada do planejamento indicativo no Brasil. Em retrospectiva, analisa o que se pensou no Brasil, tomando como marco inicial o conceito de planejamento elevado à norma constitucional desde 1988 e as circunstâncias em âmbito nacional e internacional que relegaram aquela norma ao esquecimento. Identifica os contextos socioeconômico, político-institucional e internacional que lhe conferem relevância. A análise do planejamento se abre em duas dimensões conjugadas, técnica e político-institucional, inseparáveis em seu objeto concreto. É revisto o trabalho de pesquisa metodológica nas economias de mercado que embasa a renovação do planejamento indicativo tendo em conta aquela dupla dimensão. Destacam-se como referencial teórico (JOHANSEN, 1977, 1978, KERSTENETZKY, 1986, SILVEIRA, 1993, FURTADO, 2000). São apresentados delineamentos de um plano indicativo de médio prazo, como fio condutor da metodologia e das interfaces com o sistema político e o conjunto da sociedade.

Leia o artigo de Alfredo Maciel da Silveira em http://www.cadernosdodesenvolvimento.org.br/ojs-2.4.8/index.php/cdes/article/view/589/pdf