Leonardo

Uma cidade criativa tem na cultura sua fonte de criatividade, sendo o turismo criativo uma prática que promove a coprodução de serviços culturais e pode se alinhar às premissas do turismo de base comunitária. Diante desse cenário, o objetivo deste artigo é analisar como o Turismo de Base Comunitária (TBC) está sendo utilizado na construção do discurso de cidade criativa pela gestão pública do Recife-PE no período de 2012 a 2022. Como principal achado da pesquisa, destaca-se que no Recife o campo discursivo da cidade criativa engloba diversas formações discursivas tais como cultura, economia criativa, tecnologia da informação e turismo, interligadas pela dimensão da competitividade global entre as cidades. Sendo o turismo o argumento central no discurso de cidade criativa, as comunidades Ilha de Deus e Bomba do Hemetério aparecem como protagonistas do processo do desenvolvimento do Turismo Criativo no Recife, em que o TBC é utilizado como segmento implícito nos planos de Turismo Criativo.

Leia o artigo de Talita Poliana Guedes da Silva e outros em https://geplat.com/rtep/index.php/tourism/article/view/1096/1002

Este trabalho tem como objeto de pesquisa a Economia Criativa enquanto política pública. Seu objetivo é analisar o processo de institucionalização da Economia Criativa em Mato Grosso do Sul. O campo empírico-particular da pesquisa é constituído pela análise de documentos oficiais disponíveis no Diário Oficial do estado de Mato Grosso do Sul. Por meio da pesquisa qualitativa e através da análise documental, buscou-se levantar o estado da Economia Criativa na administração pública estadual

Leia o artigo de Vanessa Pancheri Teixeira e outros em https://www.scielo.br/j/inter/a/qgp8P8r5XBD8dKCTXg8xgzR/?format=pdf&lang=pt

Este artigo pretende construir uma base de reflexão sobre a Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento urbano, adotada no Brasil nas últimas décadas. Será traçado um panorama acerca do novo setor através de uma revisão bibliográfica e, para exemplificar, tomaremos a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde tal segmento vem sendo incorporado pelos governos estadual e municipal através de políticas públicas culturais visando à valorização do plano local. As propostas mapeadas na capital nos permitirão pensar sobre a hipótese da adoção da Economia Criativa como um modelo de crescimento econômico que corrobora com a lógica de transformação espacial por meio da prática do empreendedorismo urbano local – baseada numa dinâmica rentista-financeira –, incentivando novos estudos na área.

Leia o artigo de Renata de Leorne Salles em https://www.scielo.br/j/cm/a/tC7hwM5q9FYp9RrTXLWjSyg/?format=pdf&lang=pt

Em 2019, a importância do segmento do design na economia criativa da cidade de Fortaleza/CE levou-a a ser aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, como “Cidade Criativa do Design”, por meio da Unesco Creative Cities Network – UCCN. Esta rede visa promover a cooperação entre cidades que reconhecem a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável (SKOGLUND, LAVEN, 2019). No entanto, Fortaleza possui altos níveis de desigualdade social (SALATA, RIBEIRO, 2020) que leva a reflexões sobre como uma cidade criativa do design poderia organizar ações e projetos para combater este problema por meio da economia criativa. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar, por meio da lente teórica da estratégia como prática, o processo de elaboração e implementação do Projeto Fortaleza Cidade Criativa do Design, chancelado pela UNESCO, e seus efeitos no organizar (organizing) para uma cidade mais inclusiva.

Leia o artigo de Rodrigo Ábnner Gonçalves Menezes e outros em https://www.researchgate.net/profile/Felipe-Kaiser-2/publication/377435718_O_organizar_inclusivo_para_uma_cidade_criativa_a_luz_das_estrategia_como_pratica_o_projeto_Fortaleza_Cidade_Criativa_do_Design_da_UNESCO/links/65a6a6bccc780a4b19bf1b1c/O-organizar-inclusivo-para-uma-cidade-criativa-a-luz-das-estrategia-como-pratica-o-projeto-Fortaleza-Cidade-Criativa-do-Design-da-UNESCO.pdf

Este estudo investiga a presença de clusters criativos nos municípios médios brasileiros em 2010 e baseia-se na metodologia de identificação proposta por Machado, Simões e Diniz (2013). A análise das cidades médias evidencia a criação de tipologias e diferenças nos padrões das aglomerações criativas. Ao isolar os efeitos dos grandes centros e das cidades periféricas, contribui-se para melhorar o entendimento e conhecimento da economia criativa no Brasil. O método multivariado de fuzzy cluster, que permite maior aproximação dos resultados com a realidade, foi aplicado a diferentes dados disponibilizados pelo IBGE, DATASUS e FINBRA. A partir de critérios específicos, foram selecionados seis clusters para a amostra. Analisou-se à disposição, localização geográfica e os resultados encontrados para cada cluster, sendo que quatro apresentaram um padrão mais aparente. A produção deste conhecimento é fonte importante para o exame adequado das políticas focadas na economia criativa e seus impactos.

Leia o artigo de Gabriel B. Vaz de Melo e Guilherme Leite Paiva em https://www.scielo.br/j/neco/a/njKHhF9rb3VJhzgTyjvZQgw/?format=pdf&lang=pt

No quadro da consolidação da sociedade do conhecimento, da aprendizagem e da criatividade, os territórios têm tido a necessidade de reajustar as suas estratégias em torno de atividades criativas, que consubstanciam novas lógicas de desenvolvimento territorial e de política pública. Partindo da contextualização da especialização inteligente no quadro das políticas públicas europeias e da importância das atividades e dos recursos criativos, a investigação pretende identificar novas oportunidades para territórios urbanos de pequena dimensão no sentido de redefinir as suas estratégias de desenvolvimento local. A investigação surge no sentido de realizar uma discussão em torno da valorização de dinâmicas culturais e criativas que promovam o desenvolvimento integrado e transversal dos diferentes atores e do seu território. Foi utilizado como referência de estudo o município de Estarreja (Portugal) enquanto espaço urbano de pequena dimensão com uma trajetória de especialização industrial no passado, mas com algumas dinâmicas criativas atuais. Com efeito, pretende-se discutir a exequibilidade da aplicação dessa matriz estratégica no âmbito das atuais políticas públicas de desenvolvimento. Leia o artigo de Ricardo Fernandes e outros em https://www.scielo.br/j/urbe/a/4QsMcgKRMZYvVWZrVk8qfpy/?format=pdf&lang=pt

Em 2004, a UNESCO criou a Rede de Cidades Criativas visando trabalhar a criatividade como estratégia de desenvolvimento do território, tendo como pilar o incentivo às sete áreas da criatividade: artesanato e arte folclórica, design, cinema, gastronomia, literatura, mídia e música. Com base nesse contexto, este artigo objetiva analisar quais as potencialidades, os obstáculos e os desafios possíveis para a cidade de Goiás (GO) se tornar uma cidade criativa, a partir do seu potencial sociocultural e da sua possibilidade criativa para a sustentabilidade no turismo. Para tal, a metodologia contou com pesquisa bibliográfica, documental e realização de entrevistas com atores estratégicos. Os resultados indicam que esse título pode contribuir para o desenvolvimento social, econômico, cultural e do turismo da cidade, mas, para isso, precisa ser pensado de forma coletiva e participativa, através do protagonismo e da mobilização efetiva da comunidade local, contemplando não apenas o centro histórico patrimônio cultural mundial.

Leia o artigo de Alexandre Wagner da Silva Andrade e Marcelo Augusto Gurgel de Lima em https://www.revista.ueg.br/index.php/territorial/article/view/15570

O trabalho consiste em uma apresentação do Plano de Ação da Bacia Cultural do Araripe para o Desenvolvimento Regional, uma experiência de planejamento regional que toma a cultura local como referência, numa região caracterizada identidade na diversidade, que fica entre os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Para tanto, retoma a discussão sobre as relações entre cultura e desenvolvimento e tente introduzir e discutir a noção de bacia cultural.

Leia o artigo de Frederico Lustosa da Costa em https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2394/1974

Este trabalho explora a literatura internacional e nacional sobre espaços criativos, destacando os aportes teóricos de Milton Santos sobre territórios e suas contribuições para o tema. Delimita-se um conceito de território criativo que incorpora uma perspectiva crítico-reflexiva de análise para os estudos nesse campo teórico e favorece uma abordagem de desenvolvimento que contemple aspectos das formações econômicas, sociais e simbólicas de um determinado espaço. Ressalta-se o potencial das discussões realizadas para auxiliar o planejamento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de territórios criativos que integrem: inclusão social, sustentabilidade, inovação e diversidade cultural.

Leia o artigo de Lisiane Closs e Sidinei Rocha de Oliveira em https://www.scielo.br/j/cebape/a/tV3J4mY9dfGvqcP7FHcbTSj/?format=pdf&lang=pt

Este artigo teve como objetivo evidenciar as contribuições do design estratégico para o modelo de gestão em uma empresa da economia criativa. O pressuposto teórico estruturante e subjacente ao desenvolvimento do estudo apoia-se na compreensão da relevância da gestão estratégica para a concepção do modelo de negócios, considerando que as empresas que operam em atividades classificadas como da economia criativa evidenciam especificidades que demandam ajustes no seu processo de gestão, que pode encontrar respaldo em vertentes teóricas relacionadas ao design estratégico. Para a realização do estudo, optou-se pela estratégia de estudo de caso único e abordagem qualitativa, por entender que, desta forma, seria facultado evidenciar aspectos subjetivos e sutis que permeiam o tecido organizacional e influenciam tanto o corpo diretivo como a equipe de colaboradores. A coleta de dados empíricos ocorreu na segunda quinzena do mês de setembro do ano de 2022, por meio de entrevista em profundidade com a gestora da organização, bem como levantamento documental. Os resultados evidenciaram as características da organização, que opera em uma das atividades da economia criativa, bem como os desafios que demandam adaptação do modelo de gestão, que é influenciado pelo design estratégico, facultando, desta forma, o alcance dos objetivos organizacionais. Leia o artigo de Dusan Schreiber e outros em https://dialogo.espm.br/revistadcec-rj/article/view/463/418