30/09/2024

Analisam-se aqui as ações de estímulo à economia criativa e ao turismo no centro histórico de São Luís (MA), desenvolvidas pelo governo estadual e municipal em parceria com a iniciativa privada, a partir do ano de 2019 até o contexto atual. A metodologia consistiu na pesquisa bibliográfica e documental. Sobressai-se o modelo de planejamento top-down, por meio de iniciativas que valorizam o patrimônio local, destacando os empreendimentos culturais envolvendo a comunidade. No entanto, constatou-se uma fraca participação dos moradores nas ações de educação patrimonial. Desse modo a pesquisa aponta a necessidade de uma atuação compartilhada entre os atores sociais como via para a conservação do patrimônio cultural local.

Leia o artigo de Karoliny Diniz Carvalho e outros em https://geplat.com/rtep/index.php/tourism/article/view/1099/1005

Uma cidade criativa tem na cultura sua fonte de criatividade, sendo o turismo criativo uma prática que promove a coprodução de serviços culturais e pode se alinhar às premissas do turismo de base comunitária. Diante desse cenário, o objetivo deste artigo é analisar como o Turismo de Base Comunitária (TBC) está sendo utilizado na construção do discurso de cidade criativa pela gestão pública do Recife-PE no período de 2012 a 2022. Como principal achado da pesquisa, destaca-se que no Recife o campo discursivo da cidade criativa engloba diversas formações discursivas tais como cultura, economia criativa, tecnologia da informação e turismo, interligadas pela dimensão da competitividade global entre as cidades. Sendo o turismo o argumento central no discurso de cidade criativa, as comunidades Ilha de Deus e Bomba do Hemetério aparecem como protagonistas do processo do desenvolvimento do Turismo Criativo no Recife, em que o TBC é utilizado como segmento implícito nos planos de Turismo Criativo.

Leia o artigo de Talita Poliana Guedes da Silva e outros em https://geplat.com/rtep/index.php/tourism/article/view/1096/1002

Este trabalho tem como objeto de pesquisa a Economia Criativa enquanto política pública. Seu objetivo é analisar o processo de institucionalização da Economia Criativa em Mato Grosso do Sul. O campo empírico-particular da pesquisa é constituído pela análise de documentos oficiais disponíveis no Diário Oficial do estado de Mato Grosso do Sul. Por meio da pesquisa qualitativa e através da análise documental, buscou-se levantar o estado da Economia Criativa na administração pública estadual

Leia o artigo de Vanessa Pancheri Teixeira e outros em https://www.scielo.br/j/inter/a/qgp8P8r5XBD8dKCTXg8xgzR/?format=pdf&lang=pt

Este artigo pretende construir uma base de reflexão sobre a Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento urbano, adotada no Brasil nas últimas décadas. Será traçado um panorama acerca do novo setor através de uma revisão bibliográfica e, para exemplificar, tomaremos a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde tal segmento vem sendo incorporado pelos governos estadual e municipal através de políticas públicas culturais visando à valorização do plano local. As propostas mapeadas na capital nos permitirão pensar sobre a hipótese da adoção da Economia Criativa como um modelo de crescimento econômico que corrobora com a lógica de transformação espacial por meio da prática do empreendedorismo urbano local – baseada numa dinâmica rentista-financeira –, incentivando novos estudos na área.

Leia o artigo de Renata de Leorne Salles em https://www.scielo.br/j/cm/a/tC7hwM5q9FYp9RrTXLWjSyg/?format=pdf&lang=pt

Em 2019, a importância do segmento do design na economia criativa da cidade de Fortaleza/CE levou-a a ser aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, como “Cidade Criativa do Design”, por meio da Unesco Creative Cities Network – UCCN. Esta rede visa promover a cooperação entre cidades que reconhecem a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável (SKOGLUND, LAVEN, 2019). No entanto, Fortaleza possui altos níveis de desigualdade social (SALATA, RIBEIRO, 2020) que leva a reflexões sobre como uma cidade criativa do design poderia organizar ações e projetos para combater este problema por meio da economia criativa. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar, por meio da lente teórica da estratégia como prática, o processo de elaboração e implementação do Projeto Fortaleza Cidade Criativa do Design, chancelado pela UNESCO, e seus efeitos no organizar (organizing) para uma cidade mais inclusiva.

Leia o artigo de Rodrigo Ábnner Gonçalves Menezes e outros em https://www.researchgate.net/profile/Felipe-Kaiser-2/publication/377435718_O_organizar_inclusivo_para_uma_cidade_criativa_a_luz_das_estrategia_como_pratica_o_projeto_Fortaleza_Cidade_Criativa_do_Design_da_UNESCO/links/65a6a6bccc780a4b19bf1b1c/O-organizar-inclusivo-para-uma-cidade-criativa-a-luz-das-estrategia-como-pratica-o-projeto-Fortaleza-Cidade-Criativa-do-Design-da-UNESCO.pdf

Este estudo investiga a presença de clusters criativos nos municípios médios brasileiros em 2010 e baseia-se na metodologia de identificação proposta por Machado, Simões e Diniz (2013). A análise das cidades médias evidencia a criação de tipologias e diferenças nos padrões das aglomerações criativas. Ao isolar os efeitos dos grandes centros e das cidades periféricas, contribui-se para melhorar o entendimento e conhecimento da economia criativa no Brasil. O método multivariado de fuzzy cluster, que permite maior aproximação dos resultados com a realidade, foi aplicado a diferentes dados disponibilizados pelo IBGE, DATASUS e FINBRA. A partir de critérios específicos, foram selecionados seis clusters para a amostra. Analisou-se à disposição, localização geográfica e os resultados encontrados para cada cluster, sendo que quatro apresentaram um padrão mais aparente. A produção deste conhecimento é fonte importante para o exame adequado das políticas focadas na economia criativa e seus impactos.

Leia o artigo de Gabriel B. Vaz de Melo e Guilherme Leite Paiva em https://www.scielo.br/j/neco/a/njKHhF9rb3VJhzgTyjvZQgw/?format=pdf&lang=pt

No quadro da consolidação da sociedade do conhecimento, da aprendizagem e da criatividade, os territórios têm tido a necessidade de reajustar as suas estratégias em torno de atividades criativas, que consubstanciam novas lógicas de desenvolvimento territorial e de política pública. Partindo da contextualização da especialização inteligente no quadro das políticas públicas europeias e da importância das atividades e dos recursos criativos, a investigação pretende identificar novas oportunidades para territórios urbanos de pequena dimensão no sentido de redefinir as suas estratégias de desenvolvimento local. A investigação surge no sentido de realizar uma discussão em torno da valorização de dinâmicas culturais e criativas que promovam o desenvolvimento integrado e transversal dos diferentes atores e do seu território. Foi utilizado como referência de estudo o município de Estarreja (Portugal) enquanto espaço urbano de pequena dimensão com uma trajetória de especialização industrial no passado, mas com algumas dinâmicas criativas atuais. Com efeito, pretende-se discutir a exequibilidade da aplicação dessa matriz estratégica no âmbito das atuais políticas públicas de desenvolvimento. Leia o artigo de Ricardo Fernandes e outros em https://www.scielo.br/j/urbe/a/4QsMcgKRMZYvVWZrVk8qfpy/?format=pdf&lang=pt

Em 2004, a UNESCO criou a Rede de Cidades Criativas visando trabalhar a criatividade como estratégia de desenvolvimento do território, tendo como pilar o incentivo às sete áreas da criatividade: artesanato e arte folclórica, design, cinema, gastronomia, literatura, mídia e música. Com base nesse contexto, este artigo objetiva analisar quais as potencialidades, os obstáculos e os desafios possíveis para a cidade de Goiás (GO) se tornar uma cidade criativa, a partir do seu potencial sociocultural e da sua possibilidade criativa para a sustentabilidade no turismo. Para tal, a metodologia contou com pesquisa bibliográfica, documental e realização de entrevistas com atores estratégicos. Os resultados indicam que esse título pode contribuir para o desenvolvimento social, econômico, cultural e do turismo da cidade, mas, para isso, precisa ser pensado de forma coletiva e participativa, através do protagonismo e da mobilização efetiva da comunidade local, contemplando não apenas o centro histórico patrimônio cultural mundial.

Leia o artigo de Alexandre Wagner da Silva Andrade e Marcelo Augusto Gurgel de Lima em https://www.revista.ueg.br/index.php/territorial/article/view/15570

O trabalho consiste em uma apresentação do Plano de Ação da Bacia Cultural do Araripe para o Desenvolvimento Regional, uma experiência de planejamento regional que toma a cultura local como referência, numa região caracterizada identidade na diversidade, que fica entre os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Para tanto, retoma a discussão sobre as relações entre cultura e desenvolvimento e tente introduzir e discutir a noção de bacia cultural.

Leia o artigo de Frederico Lustosa da Costa em https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2394/1974

Este trabalho explora a literatura internacional e nacional sobre espaços criativos, destacando os aportes teóricos de Milton Santos sobre territórios e suas contribuições para o tema. Delimita-se um conceito de território criativo que incorpora uma perspectiva crítico-reflexiva de análise para os estudos nesse campo teórico e favorece uma abordagem de desenvolvimento que contemple aspectos das formações econômicas, sociais e simbólicas de um determinado espaço. Ressalta-se o potencial das discussões realizadas para auxiliar o planejamento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de territórios criativos que integrem: inclusão social, sustentabilidade, inovação e diversidade cultural.

Leia o artigo de Lisiane Closs e Sidinei Rocha de Oliveira em https://www.scielo.br/j/cebape/a/tV3J4mY9dfGvqcP7FHcbTSj/?format=pdf&lang=pt